Um vexame histórico desafia Enderson Moreira no primeiro jogo à frente do Atlético. Na estreia do novo treinador, o Furacão precisa derrotar o Nacional de Rolândia, neste domingo (22), às 18h30, na Arena da Baixada, para seguir com chance de classificação ao mata-mata do Campeonato Paranaense e, consequentemente, evitar o Torneio da Morte. Jogar o quadrangular deixaria o clube sob o risco do rebaixamento estadual. Fiasco reforçado por perda de receita, menor exposição na televisão e o desgaste na relação com o torcedor.
Enderson Moreira teve seis dias para armar uma estratégia capaz de levar a chance de classificação até a última rodada – algo que passou a depender apenas do Atlético por causa da derrota do Cascavel para o Coritiba. O técnico incorporou jogadores do sub-23 ao elenco principal, testou formações titulares e procurou trabalhar um estilo de jogo que – promete ele – domará a impaciência do torcedor.
“Minha ideia de jogo é um time que joga para frente, busca a vitória, o protagonismo do jogo”, disse. “Nossa equipe tem de merecer o resultado. O torcedor tem de sair falando que merecemos a vitória”, acrescentou.
O discurso novo tem um capítulo especial para a torcida, com ênfase em restabelecer a conexão com os atleticanos na Arena. Após a derrota para o Foz e o empate com o J. Malucelli, o antecessor Claudinei Oliveira chegou a comemorar o jogo longe da torcida, contra o Operário – que o Furacão também perdeu.
“A torcida é fantástica, joga junto com o time. A gente sabe que aqui dentro é difícil vencer o Atlético. Temos de fazer com que essa energia possa voltar o mais rapidamente. Mas quem tem de fazer somos nós, os atletas”, afirmou Enderson.
O Atlético é o nono colocado, com oito pontos. Não vence há cinco jogos. Para não disputar o torneio da morte precisa vencer neste domingo e o Londrina na última rodada, além de melhorar o saldo de gols (hoje é negativo em 4 gols). Também que o Cascavel faça apenas um ponto, ou que Maringá ou Paraná zerem.
Se falhar, o Atlético certamente fará três viagens para jogar o Torneio da Morte: Prudentópolis, Rolândia e Cascavel ou Paranaguá. No mata-mata, é provável fazer pelo menos um duelo como visitante em Curitiba.
A luta contra o rebaixamento deve acarretar em esvaziamento da arquibancada e prejuízo financeiro. O Atlético já tem um déficit acumulado de R$ 248 mil em bilheteria no Estadual mesmo com a melhor média de público do torneio: 8.029 pagantes por jogo.
Ir ao estádio será provavelmente a maneira mais barata de ver o time em um eventual torneio da morte. A tevê aberta vai priorizar o mata-mata, enquanto a disputa contra o rebaixamento estará restrita ao pay-per-view. Por contrato, todos os jogos do Furacão são transmitidos pelo Premiere.
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