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| Foto: ENNIO LEANZA/EFE

Horas de depois de Joseph Blatter anunciar que deixará o cargo de presidente da Fifa, autoridades norte-americanas confirmaram que o cartola é alvo da investigação do maior esquema de corrupção no futebol, anunciada na semana passada.

A informação foi dada por funcionários do governo, que falaram sob condição de anonimato, ao jornal “The New York Times” e à rede de televisão ABC News. Procurado pela Folha de S.Paulo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que não comentará o caso.

Desde o início das revelações sobre o escândalo, na última quarta-feira (27), Blatter vinha tentando se distanciar das acusações – seu nome não está entre o dos indiciados pela Justiça americana.

Em entrevista a jornalistas na sede da Fifa no sábado (30), ao ser questionado se tinha medo de ser detido por causa da investigação, Blatter respondeu, visivelmente irritado: “Preso por quê?”.

A situação do presidente da Fifa se complicou, no entanto, após as revelações, na segunda (1.º), de que seu braço-direito na instituição, Jérôme Valcke, foi o responsável pela transferência de US$ 10 milhões (cerca de R$ 32 milhões) usados para o pagamento de propinas.

Valcke, secretário-geral da Fifa, seria o “alto funcionário da Fifa” que, segundo o indiciamento, transferiu o montante para contas controladas por Jack Warner, na época presidente da Concacaf, a confederação de futebol das Américas do Norte e Central.

De acordo com as autoridades ouvidas pela imprensa americana, a expectativa é que, com o andamento das investigações, funcionários da Fifa envolvidos no indiciamento passem a cooperar com a Justiça americana.

“Agora, com as pessoas querendo salvar a si mesmas, haverá uma corrida para ver quem se vira [contra Blatter] primeiro”, disse uma das fontes à ABC News.

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