“Futebol é um esporte que se joga a 11 contra 11 e a Alemanha sempre vence no final”. A famosa frase do inglês Gary Lineker só não vale para a Itália, que tentará manter a invencibilidade contra os atuais campeões do mundo em grandes torneios neste sábado (2), em Bordeaux, no duelo mais aguardado das quartas de final da Eurocopa.
Apesar do retrospecto favorável, Alessandro Florenzi não quer saber de favoritismo: “palavras não servem para nada”. sentenciou meia italiano. “Porque eu deveria estar traumatizado pela Itália?”, indagou por sua vez Toni Kroos, perguntado sobre a série invicta de oito jogos dos italianos diante dos alemães. “Eu já derrotei a Itália nas semifinais da Eurocopa Sub-21, então meu retrospecto contra eles está equilibrado”, afirmou o zagueiro Mats Hummels.
Itália
Para o duelo deste sábado, Conte enfrenta problemas para escalar seu meio de campo. O brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta está suspenso, e Daniele De Rossi é dúvida por sentir dores na coxa. Apesar da ausência de Thiago Motta, o Brasil será representado na partida por Éder, um dos destaques da seleção italiana. O catarinense chegou à Euro bastante contestado, mas anotou um golaço na vitória por 1 a 0 sobre a Suécia de Ibrahimovic, e foi autor da cobrança de falta venenosa que resultou no gol de Chiellini contra a Espanha.
Assim como Hummels, Manuel Neuer, Jerome Boateng, Mesut Özil ee Benedikt Höwedes participaram da vitória por 1 a 0 sobre a ‘Azzurra’ Sub-21, em 2009, mas levaram o troco de forma contundente três anos depois com a seleção principal.
No dia 28 de junho de 2012, em Varsóvia, a Itália contrariou todas as expectativas ao derrotar a poderosa Alemanha por 2 a 1, com dois gols de Mario Balotelli. O polêmico atacante já sumiu do radar da equipe italiana faz tempo. Atualmente, só a Alemanha tem seu ‘Super Mario’, com o veterano Gomez, que deve ser escalado como titular no lugar do ‘xará’ Götze, autor do gol do título na Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
“Os fatos falam por eles. São os campeões mundiais, estão ganhando seus jogos e estão confiantes. Não estamos preparando esse jogo pensando: ‘ganhamos o último confronto então vamos ganhar o próximo’. O importante é continuar trabalhando”, analisou Florenzi.
Alemanha
Do lado alemão, Löw contará com sua força máxima, e existem especulações de que o treinador pode abandonar o tradicional esquema em 4-5-1 para repetir o 3-3-3-1 usado no amistoso de março, com goleada de 4 a 1 sobre a Itália. Neste caso, Boateng formaria uma linha de três na zaga, ao lado de Höwedes e Hummels. A segunda linha teria Joshua Kimmich e Jonas Hector pelos lados, com Khedira no meio, atrás do trio ofensivo Kroos, Özil e Müller, com Gomez como centroavante. O problema é que o técnico nem sempre foi bem-sucedido quando tentou inovar na escalação. Em 2012, contra os mesmos italianos, ele resolveu deixar Thomas Müller no banco para reforçar o meio de campo, com Khedira, Schweinsteiger e Kroos. Balotelli jogou toda essa estratégia por água abaixo e essa decisão foi considerada a pior de Löw nos últimos dez anos.
O meia da Roma prefere jogar a pressão para a Alemanha, mas a Itália também chega embalada, com a vitória convincente por 2 a 0 sobre o atual bicampeã Espanha nas oitavas. Mesmo sem contar com grandes estrelas, a Azzurra está fazendo um grande torneio, com o treinador Antonio Conte dando aula de tática aos rivais.
Alemanha e Itália também se destacam pela força defensiva. Com Boateng atuando em altíssimo nível, os comandados de Joachim Löw ainda não sofreram gol na competição. Já os italianos levaram apenas um, na derrota por 1 a 0 para a Irlanda na última partida da fase de grupos, quando, já assegurada de terminar em primeiro lugar, poupou nada menos de oito titulares.
Prováveis escalações:
Alemanha: Neuer; Kimmich, Boateng, Hummels, Hector; Thomas Müller, Khedira, Özil, Kroos, Draxler; Mario Gomez. Técnico: Joachim Löw
Itália: Buffon; Barzagli, Bonucci, Giorgio Chiellini; Florenzi, Parolo, Sturaro, Giaccherini, De Sciglio; Graziano Pellé, Éder. Técnico: Antonio Conte
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