País de Gales garantiu uma classificação histórica para as semifinais da Eurocopa ao vencer a Bélgica, de virada, por 3 a 1, nesta sexta-feira (1.º), em Lille, na França. Na próxima fase enfrentará Portugal, na próxima quarta, às 16 horas (de Brasília), em Lyon.
Durante a semana, o astro do time estreante na competição europeia, Gareth Bale, havia dito que o duelo era o mais importante da seleção desde a derrota para o Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo de 1958 – jogo em que Pelé, com 17 anos, chapelou o zagueiro dentro da área e fez um dos gols mais bonitos do futebol.
Nesta sexta-feira, Bale teve atuação importante, mas os protagonistas da partida foram outros companheiros. O meia Ramsey ditou o ritmo da equipe, deu assistências para os dois primeiros gols, mas tomou o segundo cartão amarelo e não jogará a próxima partida.
Ashley Williams marcou o de empate, depois de Nainggolan abrir o marcador para os belgas. Robson-Kanu virou com um golaço, ao tirar três adversários da jogada com um corte de letra. E Vokes, que entrou no segundo tempo, enlouqueceu os galeses da arquibancada ao marcar o terceiro e colocar esta seleção galesa na história.
O jogo
A Bélgica começou a partida com um bombardeio contra o adversário. Carrasco recebeu de frente para o goleiro, mas chutou em cima de Hennessey. Meunier pegou a sobra e a zaga salvou na linha. Em novo rebote, Hazard bateu, a bola desviou e saiu para escanteio. País de Gales respondeu aos oito minutos. Bale avançou pela esquerda e bateu na rede pelo lado de fora.
O time belga tinha mais volume e abriu o marcador aos 12 minutos. Nainggolan recebeu na intermediária e mandou uma bomba no ângulo sem chances de defesa para Hennessey. O gol fez com que a Bélgica recuasse. País de Gales passou a tocar mais a bola e pressionar o adversário.
Principal jogador de País de Gales, Bale rolou para Ramsey, que cruzou. Taylor apareceu na área e bateu de primeira para grande defesa de Courtois. Na sequência, aos 29 minutos, saiu o gol de empate. Ramsey cobrou escanteio e o capitão Ashley Williams apareceu livre para fazer de cabeça.
Na etapa final, Hazard bateu cruzado e assustou o goleiro adversário logo no início. Parecia que a Bélgica voltaria impor o domínio do começo do jogo. Mas País de Gales foi ao ataque. Bale acertou belo lançamento na ponta direita para Ramsey, que cruzou para Robson-Kanu. O centroavante dominou e, com um corte de letra, tirou três adversários da jogada. Bateu colocado no canto direito para virar o jogo: 2 a 1.
Os belgas passaram a marcar sob pressão, conseguiram ter mais posse de bola, mas o nervosismo atrapalhava o último passe sempre em busca do centroavante Lukaku. Foi quando Fellaini, que entrou no segundo tempo, passou a participar mais do ataque. Aos 28 minutos, ele cabeceou para fora. Na sequência, desviou cruzamento, mas Lukaku chegou atrasado.
Preocupado com as investidas do adversário, o treinador galês fechou de vez a equipe. Tirou o único atacante, Robson-Kanu para a entrada de Vokes, um meio-campista. A pressão belga se transformava em desespero. A cada lance perdido, os jogadores reclamavam falta. Houve dois lances que o árbitro até poderia marcar pênalti. Naiggolan caiu na área e o árbitro mandou seguir. Na sequência houve um bola na mão do zagueiro para indignação belga.
País de Gales conseguiu furar a marcação adversária aos 40 minutos e matou a partida. Gunter foi até a linha de fundo pelo lado direito e cruzou para Vokes cabecear e garantir a histórica classificação para semifinal.
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