A principal denunciante de corrupção na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 recebeu oferta de proteção policial do FBI. Phaedra A-Majid, ex-funcionária da candidatura do Catar, foi procurada em sua casa por agentes da polícia norte-americana em setembro de 2011. Ela recusou a ajuda, mas diz ter consciência de que corre risco de vida pelas revelações feitas a jornalistas e à investigação independente conduzida pela Fifa.
"Sei que terei de olhar sobre os meus ombros pelo resto da vida", disse Phaedra, em entrevista ao canal britânico Sky News, a primeira em que aceitou mostrar seu rosto.
Phaedra foi contratada para trabalhar na candidatura catariana no início de 2010, nove meses antes de o país ser escolhido sede do Mundial de 2022. Ao verificar indícios de compra de votos, ela passou a ser informante de jornalistas que denunciaram o esquema para fazer o Catar ser escolhido.
A repercussão na imprensa, especialmente da Inglaterra, fez a Fifa criar uma investigação independente, sob responsabilidade do advogado Michael Garcia. Phaedra também foi uma importante fonte para o trabalho de Garcia, encerrado este ano e que teve conclusão divulgada semana passada. Foi durante o trabalho conjunto com Garcia que Phaedra recebeu a visita do FBI.
"Eu estava assistindo à TV e havia três agentes do FBI na minha porta. Eles disseram que estavam ali porque receberam uma denúncia de que a minha segurança e a de meus filhos estava em perigo. Queriam saber como poderiam me ajudar", contou à Sky News.
O primeiro parecer da Fifa foi de que não houve irregularidade nos processos de escolha da Rússia para 2018 ou do Catar para 2022. Diante da repercussão negativa, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu a possibilidade de publicar o relatório de investigação na íntegra.
"A publicação pode se tornar possível se as pessoas e entidades incluídas nele consentirem e renunciarem a qualquer ação legal futura", escreveu o presidente da Fifa. "Eu gostaria de perguntar a você se podemos interpretar sua carta como uma atitude de consentimento em todo aspecto legal pessoal quanto aos trechos do relatório em que é citada a candidatura da Inglaterra à Copa do Mundo."
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