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Diego Costa é o artilheiro do Campeonato Espanhol ao lado de Lionel Messi | Ballesteros / EFE
Diego Costa é o artilheiro do Campeonato Espanhol ao lado de Lionel Messi| Foto: Ballesteros / EFE

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) confirmou nesta quinta-feira (3) que pretende convocar o brasileiro Diego Costa para defender a seleção campeã do mundo e bicampeã da Eurocopa. Também informou que atacante do Atlético de Madrid só não será chamado para as partidas da semana que vem porque sua documentação na Fifa não está completa.

"Diego Costa não poderá ser convocado amanhã [sexta] por Vicente del Bosque para os jogos contra Bielorrússia e Georgia [pelas Eliminatórias Europeias] porque a Fifa exigiu documentações complementares, que já estão em tramitação", disse a RFEF em comunicado.

A Federação Espanhola também afirma que o jogador conversou com Del Bosque nesta quinta-feira e afirmou que pretende jogar pela seleção europeia. Segundo ela, a Fifa foi consultada sobre o caso e respondeu que é responsabilidade da entidade local deixar o jogador elegível.

A RFEF afirma ainda que Diego Costa é espanhol para todos os efeitos e vive e joga no país desde 31 de agosto de 2007. Para ele defender a seleção de Vicente Del Bosque, porém, falta um certificado da CBF afirmando que nunca disputou uma partida oficial pela seleção brasileira, em nenhuma categoria. O documento já foi solicitado.

Diego Costa já marcou oito gols no atual Campeonato Espanhol e divide a artilharia com Lionel Messi. O atacante chegou a ser convocado em março por Luiz Felipe Scolari e participou de dois amistosos, mas não esteve na Copa das Confederações. Assim, a CBF não pode impedir que a mudança se concretize.

O jogador possui dupla nacionalidade desde 5 de julho. Na Espanha desde 2008, quando tinha 18 anos, teve passagens por diversos clubes do país por meio de empréstimos a partir do Atlético de Madrid.

Há uma semana, Felipão criticou a possibilidade de perder Diego Costa. "Minha opinião sobre esse aspecto de naturalizar jogador é de que a Fifa provavelmente esteja voltando às regras de 1930, 1940 ou 1950, quando Mazzola jogou por Brasil e pela Itália. Isso também aconteceu com outros jogadores, como Di Stéfano, Preguinho e Puskas", disse o comandante.

Depois foi irônico ao comentar possíveis futuras naturalizações aprovadas pela Fifa. "Acho estranho porque daqui um ano, dois anos ou cinco anos provavelmente um país contrate 20 jogadores e faça uma seleção. Porque o cara pode jogar um, dois ou cem amistosos por uma seleção, mas fazer a 101.ª partida por outro país em uma competição oficial. A Fifa reconhece isso, mas eu acho estranho e não sou eu que estarei discutindo isso", completou.

Em março, Diego Costa disse que seu sonho era defender a seleção brasileira. "Ele [Felipão] perguntou se eu gostaria de defender a seleção brasileira caso um dia surgisse uma oportunidade de ser convocado. Eu respondi que aquele era o meu sonho", afirmou o atacante, na ocasião.

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