O técnico Alex Ferguson desmentiu nesta sexta-feira as especulações de que Wayne Rooney poderia deixar o Manchester United no final desta temporada europeia, assim como reiterou que ele tem uma relação "sem problemas" com o atacante.
O treinador causou polêmica na última terça-feira ao deixar Rooney no banco de reservas no confronto diante do Real Madrid, no Old Trafford, na Inglaterra, onde o time espanhol acabou vencendo por 2 a 1, de virada, e avançou às quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. O jogador só foi colocado em campo após a rápida reação da equipe de José Mourinho e o fato acabou despertando rumores na mídia britânica de que o astro da seleção inglesa poderia ser vendido para outro clube.
Entretanto, Ferguson assegurou nesta sexta-feira: "Rooney estará aqui no próximo ano, você tem minha palavra sobre isso". "Não há problemas entre mim e Wayne Rooney. Sugerir que nós não conversamos no campo de treinamento é um disparate", completou o treinador, que proibiu a presença de jornalistas de dois jornais britânicos de participar de suas entrevistas coletivas por causa de reportagens veiculadas sobre Rooney na esteira da derrota para o Real Madrid.
O experiente comandante ainda garantiu que o badalado atacante "entendeu completamente as razões (de não atuar)" e explicou que a opção por deixá-lo na reserva foi tática. Ele ressaltou que o atacante Danny Welbeck, escalado como titular, é mais versátil por também ser eficiente na marcação e foi colocado em campo também com o objetivo de neutralizar as investidas de Xabi Alonso no meio-campo.
"Welbeck é o melhor jogador que temos em termos de operar um duplo papel. Tivemos de engolir a capacidade de Alonso de controlar o jogo, o que ele (Welbeck) fez e tirou-lhe o controle do jogo e também sua capacidade de ir à frente como um jogador de ataque", analisou.
Ferguson ainda manifestou indignação com a arbitragem do turco Cuneyt Cakir, que expulsou Nani aos 11 minutos do segundo tempo em uma falta passível de cartão amarelo, quando o Manchester vencia por 1 a 0. Indignado com a atuação do árbitro, ele sequer quis dar entrevista coletiva após o jogo por estar "muito perturbado" para falar, conforme confirmou o seu assistente-técnico Mike Phelan.
"Muito simplesmente, é difícil manter sua fé no jogo quando você vê o que aconteceu nos últimos anos. É a terceira vez que nós somos eliminados por erros da arbitragem", disse o comandante, que ainda evitou confirmar a presença de Rooney como titular no duelo deste domingo, contra o Chelsea, pelas quartas de final da Copa da Inglaterra, lembrando que o atacante necessita de uma sequência de jogos para recuperar a melhor forma física. "Wayne precisa de muito futebol. Ele sempre foi esse tipo de jogador", reforçou.
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