O goleiro do PalmeirasFernando Prass respondeu as declarações do presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, que, dentre outras coisas, afirmou nesta terça-feira que o Palmeiras está se apequenando por reclamar do papel do clube do Morumbi na negociação que deve fazer o atacante Alan Kardec ser anunciado como novo reforço são-paulino.
O arqueiro criticou a discussão pública que se tornou as entrevistas do dirigente tricolor e do presidente do time do Palestra Itália, Paulo Nobre. "Fiquei sabendo da entrevista do Paulo e não sei muito bem o que o presidente do São Paulo disse, mas é uma discussão entre eles. Cada um sabe onde o calo aperta e eles são bem grandinhos para saber o que falam e que representam dois grandes clubes do mundo. Se o presidente (Aidar) falou que o Palmeiras foi juvenil, foi uma declaração infeliz. Tem que tomar cuidado com o que fala. Seja o dirigente do Palmeiras, do São Paulo, do Inter... " disse o goleiro, que se esquivou ao ser questionado se o São Paulo foi antiético na negociação para contratar Alan Kardec.
"Cada um tem o seu valor. Discutir ética é complicado. Tenho meus valores e cada um tem o seu valor. A gente fica discutindo durante anos e não chegaria num consenso", explicou o jogador.
O único ponto que parece ter incomodado o goleiro foi o fato de Aidar menosprezar o Palmeiras. "Em relação aos clubes, aumentam os ânimos e a torcida por causa dessas declarações que vão de encontro a história do clube. Falar da tradição e da grandeza do clube é sempre complicado. Em relação a procedimento do clube é uma coisa. Atacar a história é complicado", lamentou o experiente goleiro.
Prass teme que tais declarações possam aumentar a rivalidade entre os torcedores. E acredita que o dirigente tricolor tenha apelado para o lado histórico por ainda não estar acostumado com o cargo que ocupa. "Os ânimos ficam mais aflorados com essas declarações e podem ir para um caminho perigoso. O Aidar assumiu há pouco tempo (a presidência) e talvez ainda não esteja familiarizado com a importância das declarações de um presidente. Tomara que as coisas se acalmem e transcorram no ritmo mais natural possível e que isso não cause nenhum acontecimento grave", disse.