A Fifa decidiu adiar o processo administrativo de candidaturas para a sede da Copa do Mundo de 2026 devido ao recente escândalo de corrupção na entidade e abordará o tema na próxima reunião do Comitê Executivo. A decisão foi anunciada pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, nesta quarta-feira (10), em Samara, na Rússia, país que será sede do próximo Mundial, em 2018. “
“Devido à situação, acho que é bobagem iniciar qualquer processo de escolha no momento. Vai ser adiado”, disse Valcke. A decisão sobre quem sediará a Copa de 2026 estava prevista para ser tomada em Kuala Lumpur, em 2017.
O FBI está investigando suborno e corrupção na Fifa, incluindo a forma como a entidade máxima do futebol concedeu à Rússia o direito de organizar a Copa de 2018 e ao Catar a de 2022. Valcke foi visitar Samara, um dos locais dos jogos do Mundial, para ver como estão os preparativos para a Copa de 2018.
Apesar das investigações sobre o processo de escolha envolvendo a Rússia e Catar, o ministro dos Esportes russo, Vitaly Mutko, disse não ver ameaças à candidatura bem-sucedida de Moscou. Assim como Valcke, ele reiterou que o país cumpriu as normas.
Como secretário-geral da Fifa desde 2007, e principal assessor do presidente da entidade, Joseph Blatter, Valcke, que renunciou ao cargo após ser eleito para o quinto mandato, Valcke é considerado um dos homens mais poderosos do futebol no mundo. Ao lado de autoridades russas na entrevista à imprensa, o francês também voltou a negar as denúncias de irregularidades envolvendo mais de US$ 10 milhões em transações bancárias, sob investigação na Justiça dos Estados Unidos.
Os fundos foram transferidos em 2008 para um outro dirigente da Fifa, Jack Warner, que era então o presidente da Concacaf, entidade que comanda o futebol na América do Norte e Central e no Caribe. Suspeita-se que o dinheiro tenha sido suborno pago pela África do Sul para ter o direito de receber a Copa do Mundo de 2010.
“Eu realmente não entendo qual é o problema e por que eu sou um alvo nessa questão”, disse. “Eu assino contratos todos os dias ... tudo tem a assinatura do secretário-geral. Não é por eu estar assinando tudo que eu sou responsável pela maneira como as pessoas agem no mundo todo.”
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