A Rússia pode receber punições como resultado de um relatório do investigador Richard McLaren para a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) que envolve jogadores de futebol no escândalo de doping do país-sede da próxima Copa do Mundo, disse, nesta quarta-feira (28), Gianni Infantino, o presidente da Fifa. Mas ele garantiu a segurança e credibilidade dos exames antidoping no evento em 2018 na Rússia.
O relatório apresentado por McLaren inclui cópias de e-mails que apontam que foram ocultados cinco amostras suspeitas de doping de jogadores das seleções sub-17 e sub-21 da Rússia em 2013 e 2014.
O então ministro dos Esportes, Vitaly Mutko, foi acusado de ocultar casos de doping na liga russa. O Comitê de Ética da Fifa disse que vai examinar o relatório e qualquer envolvimento de Mutko, que faz parte do Conselho da Fifa.
“É membro do conselho e, claro, estamos trabalhando juntos”, disse Infantino ao ser questionado sobre se confia no dirigente russo. “Se aconteceu algo ligado a casos de doping encobertos no futebol e agora eles foram descobertos, então a Fifa e a Uefa, dependendo de quem tem competência em cada caso, vão lidar com isso e implementar as ações e sanções”, disse Infantino durante uma congresso esportivo em Dubai.
“Eu não acho que devemos misturar uma questão de doping, embora seja um caso importante de doping, com a organização da Copa do Mundo, que é algo completamente diferente. Este é um assunto da Fifa. Estará com funcionários da Fifa em laboratórios acreditados em todo o mundo, muito provavelmente na Suíça”.
A Rússia foi acusada por McLaren de corromper o controle do doping nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, incluindo a participação de agentes dos seus serviços secretos, manipulando amostras de medalhistas.
“Vamos garantir que a Copa do Mundo na Rússia seja completamente segura quanto aos controles de doping ou com o que tenha a ver com casos de doping”, disse Infantino.
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