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Reunião extraordinária da Fifa decidiu por mudanças na gestão da entidade. | OLIVIER MORIN/AFP
Reunião extraordinária da Fifa decidiu por mudanças na gestão da entidade.| Foto: OLIVIER MORIN/AFP

A Fifa, reunida em congresso, adotou nesta sexta-feira por 179 votos contra 22, e 6 abstenções, um bloco de reformas para tentar restaurar a credibilidade da instituição, atingida pela pior crise de sua história.

As reformas buscam essencialmente melhorar a governança, com uma limitação a 12 anos dos mandatos acumulados do presidente e um controle da integridade dos eleitos.

Com elas também se pretende aumentar a transparência dos fluxos financeiros e das remunerações.

As propostas para as reformas foram elaboradas por uma comissão que teve como presidente François Carrand, advogado de Lausanne e ex-diretor-geral do Comitê Olímpico Internacional (COI), que liderou uma missão similar quando o COI precisou enfrentar um importante escândalo de corrupção no início do século.

As principais reformas aprovadas:

- Limitação a três mandatos de quatro anos, doze anos no máximo, para o presidente da Fifa e todos os outros funcionários de alto escalão (membros do Conselho da Fifa de nova criação, da Comissão de Auditoria e Conformidade e dos órgãos jurisdicionais).

- Separação das funções políticas e de direção. Por um lado, o Conselho da Fifa, que substitui o atual Comitê Executivo, estará encarregado de definir a estratégia da Fifa. Por outro lado, o secretário-geral executará as decisões do Conselho. Tudo isso com o objetivo de evitar os conflitos de interesses.

- Eleição dos membros do Conselho da Fifa pelas federações depois de “controles de integridade reforçados” por parte de uma Comissão de Controle, igualmente criada para a ocasião. O número de membros do Conselho chegará a 36.

- Publicação das receitas do presidente da Fifa e de todos os demais integrantes de alto escalão (membros do Conselho da Fifa, da Comissão de Auditoria e Conformidade e dos órgãos jurisdicionais).

- Redução do número de comissões de 26 a 9, mas também a criação de uma comissão que reúne os colaboradores (representantes dos clubes, dos jogadores, das ligas, etc).

- Reforço da presença das mulheres nos órgãos de governo, com ao menos uma mulher eleita no Conselho por cada confederação.

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