O Barcelona foi proibido nesta quarta-feira pela Fifa de contratar jogadores por um ano após ser considerado culpado da acusação de violar as regras de transferências. A pesada punição que abrange as duas próximas janelas de transferências, foi imposta após uma investigação sobre a contratação de jogadores menores de 18 anos pelo atual campeão espanhol.
Sem apontar nomes, a Fifa avaliou que o Barcelona violou as suas regras de proteções a menores em 10 contratações. Uma multa de 450 mil francos suíços (aproximadamente R$ 1,15 milhão) também foi imposta ao clube espanhol, que recebeu 90 dias "para regularizar a situação de todos os jogadores menores envolvidos".
A Fifa também considerou que a Federação Espanhola de Futebol violou as normas que regulam o registro de menores de idade e emitiu uma multa de 500 mil francos suíços (R$ 1,3 milhão). A entidade destacou o "interesse em proteger o adequado e saudável desenvolvimento de um menor como um todo deve prevalecer sobre interesses puramente esportivos".
"O comitê disciplinar enfatizou que a proteção dos menores no contexto das transferências internacionais é uma importante questão social e legal que abrange todas as partes interessadas no futebol", disse a Fifa em comunicado. "Acima de tudo, o comitê destacou que, enquanto as transferências internacionais poderão, em casos específicos, serem favoráveis a carreira esportiva de um jovem jogador, elas são muito provavelmente contrárias aos melhores interesses do jogador como um menor".
A punição, que impede o Barcelona de contratar jogadores até o meia de 2015, certamente atrapalhará planos da equipe. O clube precisa se reforçar com um goleiro, pois Victor Valdés ficará sete meses afastado dos gramados após passar por cirurgia no joelho e seu contrato se encerrará ao término da atual temporada. Além disso, o Barcelona necessita de um companheiro de zaga para Gerard Piqué.
O caso ameaça prejudicar ainda mais a imagem do Barcelona, já abalada com as polêmicas envolvendo a contratação do atacante Neymar. Após a revelação de que o clube havia escondido o custo real do jogador brasileiro, o então presidente, Sandro Rosell, renunciou ao cargo em janeiro. Em fevereiro, o Barcelona pagou 13,55 milhões de euros (R$ 42,26 milhões) às autoridades fiscais espanholas para cobrir qualquer potencial irregularidade sobre a transferência, apesar de alegar inocência.
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