As seleções da Hungria e da Bulgária terão de jogar suas próximas partidas com portões fechados por terem sido punidas pela Comissão Disciplinar da Fifa por comportamento antissemita e racista de seus torcedores, segundo explica o relatório da entidade máxima do futebol.
Depois do amistoso entre Hungria e Israel, disputado em 15 de agosto de 2012 em Budapeste, a FARE (Futebol Contra o Racismo na Europa), a Congregação israelita de Viena e o Centro Simon Wiesenthal comunicaram à Fifa que um grupo de torcedores tinha cantado palavras antissemitas e exibido símbolos ofensivos.
Ao término de uma investigação, os membros da Comissão Disciplinar da Fifa condenaram, por unanimidade, o episódio de racismo, antissemitismo e de natureza provocativa e agressiva os torcedores da seleção nacional húngara.
A Hungria deverá jogar a próxima partida das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2014 contra a Romênia com portões fechados e sua federação nacional (MLSZ) deverá pagar uma multa de 40 mil francos suíços, cerca de 33 mil euros.
Por outro lado, o árbitro da partida entre Bulgária e Dinamarca, disputado em 12 de outubro de 2012, comunicou que no minuto 7 foram jogadas bengalas no gramado e o jogador dinamarquês Patrick Mtiliga foi alvo de insultos racistas por parte de um grupo de torcedores búlgaros cada vez que tocava na bola.
Aos 28 minutos do segundo tempo, o comissário da partida falou com o quatro árbitro e advertiu os torcedores locais através dos alto-falantes. Apesar do público ter se acalmado, as ofensas racistas seguiram até o final do encontro.
A comissão resolveu que as ações ofensivas e discriminatórias de um reduzido grupo de torcedores búlgaros eram vergonhosas e uma clara violação ao Código Disciplinar da Fifa.
Portanto, a próximo partido entre Bulgária e Malta programada para 22 de março será disputada sem a presença de torcedores e, além disso, a Federação búlgara deverá pagar uma multa de 35 mil francos suíços, ou seja, cerca de 29 mil euros.
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