A Fifa anunciou nesta terça-feira (8) duas punições a seleções por caso de atos considerados racistas. Bulgária e Hungria terão que jogar suas próximas partidas em casa sem torcida, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. As decisões foram tomadas em reunião do Comitê Disciplinar da Fifa, em novembro de 2012, mas foram divulgadas somente nesta terça.
A Hungria foi punida após denúncia da FARE (Futebol contra o Racismo na Europa, na sigla em inglês). A entidade independente, mas que conta com apoio da Fifa e da Uefa, noticiou que um grupo de torcedores húngaros teriam hostilizado jogadores israelenses com cantos e faixas antissemitas em amistoso entre as duas seleções, disputado no dia 15 de agosto de 2012.
"Membros do Comitê Disciplinar da Fifa foram unânimes ao condenar este odioso episódio de racismo, antissemitismo e provocação política, de natureza agressiva, perpetrada por torcedores da seleção da Hungria", registrou a Fifa, em nota oficial.
O episódio rendeu à Federação Húngara de Futebol uma multa de 40 mil francos suíços (cerca de R$ 87 mil). A seleção nacional jogará sem torcida a próxima partida nas Eliminatórias europeias da Copa, no dia 22 de março, contra a Romênia.
O caso de racismo envolvendo a Bulgária aconteceu justamente durante jogo das Eliminatórias, contra a Dinamarca, em 12 de outubro do ano passado. Os árbitros do jogo denunciaram que torcedores búlgaros lançaram fogos de artifício no gramado logo nos primeiros minutos da partida.
No segundo tempo, a entrada do dinamarquês Patrick Mtiliga em campo foi seguida de cantos racistas. O atleta, que é negro, era hostilizado toda vez que tocava na bola até o fim da partida, mesmo após reprimendas dos responsáveis pelo jogo. Como punição, a Federação Búlgara foi multada em 35 mil francos (R$ 76 mil). E terá que jogar sem torcida a partida contra Malta, no dia 22 de março, pelas Eliminatórias.
Após anunciar as punições, a Fifa advertiu que novos episódios de racismo envolvendo as duas seleções poderão acarretar em sanções mais graves para as federações. "As seleções poderão perder mandos de campo, pontos ou até serem desclassificadas de competições", registrou a entidade.
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