Derrota para o Emelec complicou o Flamengo na Libertadores. Na foto, Gaibor comemora o terceiro gol dos equatorianos| Foto: EFE

O clima era hostil, a pressão pela vitória, absurda, e o Flamengo não soube administrar as duas vantagens que teve no jogo contra o Emelec, em Guayaquil, e ficou em situação delicada na Copa Libertadores. O resultado foi uma derrota por 3 a 2 que deixa os brasileiros na dependência de outros adversários na última rodada.

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Com cinco pontos, o Flamengo caiu para a lanterna do Grupo 2. Precisa vencer o Lanús, dia 12, no Engenhão, e torcer por um empate dos equatorianos com o Olimpia, no Paraguai. Se houver um vitorioso, os cariocas estão eliminados.

O técnico Joel Santana, como havia prometido, foi para o jogo com a formação mais ofensiva de que dispõe. "Espero que façamos 90 minutos o que jogamos contra o Bangu. Não viemos aqui para jogar para trás com esse povo gritando o tempo todo", argumentou Joel, que parecia adivinhar a catástrofe no segundo tempo.

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De início, a decisão se mostrou acertada. Deivid, Ronaldinho Gaúcho, Bottinelli e Vagner Love interagiam bem e criavam oportunidades. Logo aos 8, Deivid fez ótima assistência para Leonardo Moura, que chutou rasteiro e contou com o desvio da zaga para abrir o placar.

O Rubro-Negro, porém, seguia com seu conhecido problema defensivo. O time equatoriano, apesar de limitado, mostrava ímpeto e insistia nas bolas alçadas. Assim sairia o empate. Escanteio e Figueroa subiu mais que Welinton para colocar no canto de Felipe.

Mas os cariocas eram superiores quando colocavam a bola no chão. Ronaldinho lançou Júnior Cesar, que cruzou na medida para Deivid tocar bem de cabeça e recolocar seu time à frente, pouco antes do intervalo.

No entanto, as virtudes dos brasileiros sumiram no segundo tempo. Recuado em demasia, os flamenguistas chamavam o Emelec para jogar no seu campo e tomavam pressão. Joel recuou ainda mais. Saiu Deivid e entrou o zagueiro Gustavo.

E tome sufoco, bola alçadas na área, chutes de longe. O Flamengo simplesmente não jogava. Em uma rara descida, Vagner Love perdeu um gol indesculpável, daqueles que podem custar uma vitória.

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Dito e feito, aos 37, Figueroa se aproveitou de mais um cruzamento e da falha de Welinton para empatar de cabeça. A virada se consumou aos 44, quando Willians fez falta em Mena dentro da área. Gaibor cobrou o pênalti e Felipe deixou a bola passar por baixo de seus braços.

Agora o Flamengo terá de arranjar forças para encarar o Vasco no sábado, em clássico pela Taça Rio, às 18h30, no Engenhão.

FICHA TÉCNICA:

EMELEC-EQU 3 X 2 FLAMENGO

EMELEC-EQU - Dreer; Morante, José Quiñónez (Mina), Achilier e Bagui; Valencia (Mena), Gaibor, Pedro Quiñónez e Giménez; Figueroa e Marlon de Jesús (Mondaini). Técnico: Marcelo Fleitas.

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FLAMENGO - Felipe; Leonardo Moura, González, Welinton e Júnior Cesar; Willians, Muralha (Luiz Antônio), Bottinelli (Magal) e Ronaldinho Gaúcho; Deivid (Gustavo) e Vagner Love. Técnico: Joel Santana.

GOLS - Leonardo Moura, aos 8, Figueroa, aos 34, e Deivid, aos 43 minutos do 1º tempo. Figueroa, aos 37, e Gaibor (pênalti), aos 45 minutos do 2º tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gaibor, Achilier; Willians, Gustavo, Ronaldinho Gaúcho, Júnior Cesar.

ÁRBITRO - Martín Vázquez (URU).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

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LOCAL - Estádio George Capwell, em Guayaquil (EQU).