Os clubes de futebol da região de Crimeia, anexada pela Rússia da Ucrânia, vão jogar nas ligas do futebol russo nesta temporada. A União Russa de Futebol explicou em um comunicado que três clubes disputarão a terceira divisão nacional. A decisão pode causar problemas para o país com a Uefa e a Fifa.
SKChF Sevastopol, Zhemchuzhina Yalta e Tavria Simferopol, campeão ucraniano em 1992, são os três clubes que mudaram seus nomes, pediram uma nova licença e agora foram incorporados pelo futebol russo. O Simferopol e o Sevastopol, inclusive, disputaram a última edição do Campeonato Ucraniano.
O porta-voz da Federação de Futebol da Ucrânia, Pavel Ternovoi, disse que a Rússia não tem o direito de administrar o futebol do que a Ucrânia considera ser seu território, e pediu para as entidades responsáveis pelo futebol mundial e europeu agirem. "Nós não podemos fazer o trabalho da Fifa e da Uefa. Esperamos que em um futuro próximo tomem as decisões", disse.
A federação ucraniana "não quer a destruição do futebol russo", acrescentou Ternovoi, quando perguntado sobre possíveis sanções disciplinares contra a União Russa de Futebol. "A federação quer justiça e a ausência de política no futebol, tanto na Rússia como na Crimeia".
Sergei Stepashin, ex-primeiro-ministro russo, que faz parte do comitê executivo da federação do seu país, disse que "sanções são possíveis" com a incorporação dos clubes da Crimeia, mas que a organização "não tinha dúvidas" de que essa era a coisa certa a fazer.
A expectativa da federação é que o ministro do Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, membro do Comitê Executivo da Fifa, defenda a posição perante Joseph Blatter, presidente da entidade.
Anteriormente, os organizadores da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, disseram que pretendem construir centros de treinamentos para as seleções na Crimeia. Em março, Blatter negou que o conflito na região possa afetar o Mundial.
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