A 48.ª Copa São Paulo de Futebol Júnior inicia nesta segunda-feira (2) com o gigantismo e a expectativa dos clubes e torcedores na revelação de futuros craques. Atlético, Coritiba, Paraná e Londrina estão na disputa que ocorre em 29 cidades paulistas.
Os quatro levam a campo ainda o desafio de vencer pela primeira vez a competição, dominada por paulistas e cariocas. Ao todo são 120 clubes participantes, recorde histórico, uma infinidade de times desconhecidos e um participante do Haiti.
A molecada do Furacão jogará a Copinha com a sua vitoriosa equipe Sub-19, campeã paranaense de 2016. Sem folga, o elenco está em fase final de preparação. O Rubro-Negro está ao lado de CRB (AL), Primavera (SP) e União (SP), no Grupo 15. O primeiro adversário será o CRB, no dia 3, às 16 horas, em Indaiatuba.
Em sua 22.ª participação, a equipe treinada por Gustavo Silva está na mira da comissão técnica de Paulo Autuori. Em entrevistas recentes, tanto o treinador, quanto o presidente Luiz Sallim Emed, reforçaram a busca por valores da base, estratégia bem sucedida no clube.
O Coritiba, por sua vez, está no Grupo 18, e enfrentará Manthiqueira (SP), Boavista (RJ) e Itabaiana (SE). O Coxa levará sua equipe Sub-20, que treina desde o encerramento do campeonato estadual Sub-19.
“Nosso objetivo é formar jogadores que estejam prontos para vestir a camisa do Coritiba em qualquer momento”, avalia o técnico Sandro Forner. O Coxa estreia contra o Boa Vista, no dia 4, às 16 horas.
Do elenco da Copinha, sete jogadores já passaram pelo profissional. “O clube trabalha de maneira integrada, então, muitos já fazem treinos com a equipe principal no dia a dia. Faz parte de um processo de transição”, completa.
Das três equipes da capital, o Paraná levará a campo uma das gerações com mais expectativas da diretoria e de seu torcedor. Comandados por Luciano Simm, a equipe Sub-17, campeã estadual da categoria, terá promessas como Alesson e Rafael Furtado, além de mais cinco jogadores acima de 17 anos, todos com passagens pelo profissional.
“É uma geração de muito potencial, mas não podemos jogar toda a responsabilidade neles, não são salvadores da pátria”, avalia Simm. “Em 2016, essa geração teve uma evolução muito grande e certamente irá ajudar o Paraná em 2017. Mas ainda precisam de experiência, lapidação e rodagem”, alega.
O Tricolor está no Grupo 6, com sede em Penápolis, juntamente com Paysandu, Volta Redonda e Penapolense. Estreia diante do Paysandu, no dia 3, às 20 horas.
FIQUE DE OLHO
Veja quem são as principais apostas dos três clubes da capital na Copinha.
Atlético
Julian
O meia de apenas 17 anos, destaque na reta final do Paranaense Sub-19, joga há quase cinco anos nas categorias de base do clube e disputará a sua primeira Copinha.
Paraná
Alesson
O camisa 10 paranista, de 17 anos, é habilidoso e já foi utilizado em algumas partidas da reta final da Série B.
Coritiba
Julio Rusch
O meia de 19 anos atuou na última partida do Coritiba no Brasileirão e será o líder do elenco alviverde na Copinha.
Copinha inova com até seis substituções por time em cada jogo
Para 2017, a Copinha terá algumas novidades. Os 120 clubes da 1.ª fase se dividem em 30 grupos ao redor de 29 cidades – a capital paulista abriga dois grupos. Avançam para a próxima fase os dois melhores de cada grupo e a partir daí a disputa ocorre em jogos eliminatórios. A final acontecerá no dia 25, no aniversário da cidade de São Paulo, no Pacaembu.
A principal mudança está relacionada às substituições. Cada técnico poderá fazer até seis trocas durante as partidas. Contudo, as seis alterações devem acontecer em até três momentos, ou seja, ao menos duas de uma vez.
A Copa São Paulo teve início em 1969 e já revelou craques como Casagrande, Vagner Love, Edu e Kaká. O maior campeão, com nove títulos, é o Corinthians. Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro dominam a Copinha, com 38 títulos – o Flamengo é o atual campeão. Em 2009, o Atlético chegou até a final, mas acabou perdendo para o Corinthians por 2 a 1.
A equipe, responsável pela principal campanha de um paranaense na competição, era comandada por Marquinhos Santos e tinha nomes como Santos, Raul, Fransérgio e Manoel, o zagueiro que melhor aproveitou as chances que teve no profissional e atualmente defende o Cruzeiro. (DZ)