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O técnico do Peru Ricardo Gareca fala da partida contra o Brasil pela Copa América, em  entrevista coletiva | UESLEI MARCELINO/REUTERS
O técnico do Peru Ricardo Gareca fala da partida contra o Brasil pela Copa América, em entrevista coletiva| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O técnico Ricardo Gareca fez apenas dois jogos no comando da seleção do Peru. Perdeu um (1 a 0 para a Venezuela) e empatou outro (1 a 1 com o México). Ainda assim, está otimista em fazer boa estreia na Copa América contra o Brasil. Garante que não vai fazer marcação especial em Neymar e sonha com bom resultado.

“Estamos bastante motivados. É importante arrancar bem. O rival é importante, mas temos muitas expectativas”, disse Gareca na noite desde sábado no estádio Germán Becker, em Temuco, local da partida deste domingo contra a seleção brasileira.

O técnico da seleção do Peru, porém, não revela a fórmula para surpreender a equipe de Dunga. “Não conheço a fórmula. Vamos tentar desenvolver o nosso jogo, assim teremos melhor chance de ganhar. Tenho confiança de que podemos fazer boa partida.”

Gareca disse que não vai determinar marcação especial sobre Neymar, porque “uma seleção joga contra outra seleção e com contra um jogador, independentemente de sua importância”. Mas defendeu o craque do Barcelona das críticas que recebe principalmente na Europa por jogadas que são consideradas firulas. “Cada jogador tem sua característica e temos de respeitar isso. Eu não creio que queira desrespeitar alguém (com as jogadas), é seu estilo.”

Ele disse que o que mais lhe interessa nesse momento e que a seleção peruana consiga mostrar o seu potencial. Gareca admite que o maior objetivo são as Eliminatórias, para que o Peru consiga voltar a disputar a Copa do Mundo. Mas, claro, não despreza a Copa América. “Temos bom potencial em todos os setores da equipe e o que me interessa é que possamos jogar bem”, definiu. “Vamos evoluindo a cada partida, corrigindo os erros e crescendo.”

Para Gareca, a pressão sobre o futebol brasileiro, pela obrigação de ganhar, principalmente depois do vexame na Copa do Mundo, não é uma vantagem para a sua seleção. “O Brasil sempre tem pressão, porque historicamente está obrigado a ganhar. Independentemente do que passou, o Brasil tem a obrigação de se reorganizar sempre, em cada competição que disputa.”

Ao falar do futebol brasileiro, Gareca lembrou a experiência que teve no ano passado no Palmeiras. Mal sucedida. “Foi difícil, muito difícil. O Brasil tem um campeonato apaixonante, mas não havia outro técnico argentino, ao longo da história teve poucos, e isso dificultou. Queria fazer um bom trabalho, mas não foi possível.”

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