Pedro Garcia, diretor do Grupo Globo, responsável às assinaturas de contratos de direitos de transmissão do Brasileiro com os clubes comemorou o fato de a emissora ter fechado com 19 clubes, 14 deles na elite nacional, a adesão a partir de 2019 na tevê por assinatura. O executivo exaltou a recente disputa por espaço no mercado com outras emissoras, mas também lamentou a atitude de alguns clubes –âsegundo ele, fechados a ouvir proposta.
Coritiba, Paraná e Atlético não fazem parte da chamada ‘carta Globo’ para futebol, pois assinaram com a mais forte concorrente da emissora carioca no ramo esportivo, o Esporte Interativo –âdo grupo multinacional Turner.
Em entrevista publicada nesta quarta-feira (1) ao jornal Folha de S. Paulo, o executivo contou como foi difícil convencer as equipes a estender o vínculo com a Globo. “A concorrência é bem-vinda, contribui para a evolução do próprio mercado”, abre.
Garcia aposta no novo modelo de rateio para beneficiar o futebol do país. “[Temos] uma proposta de distribuição ainda mais proporcional ao dividir uma verba significativa entre os clubes por critérios objetivos de equilíbrio (40% do total fixo), exposição (30% do total fixo) e premiação (30% do total fixo), além de preservar e seguir impulsionando o modelo de comercialização de jogos em sistema Pay-Per-View em modelo de divisão de receita junto aos clubes”, explica.
Questionado sobre quais têm sido as maiores dificuldades na negociação com os clubes, o executivo revelou uma decepção. “Ficamos surpreendidos com alguns poucos clubes que, apesar do nosso relacionamento de tanto tempo, não quiseram nem ouvir nossa proposta ou nem avaliaram a fundo o que estávamos colocando na mesa para 2019 em diante. Apesar do SporTV ser o líder nas audiências de TV paga e ser a marca de referência de esportes na TV, não nos deram a chance de explicar em detalhes a nossa visão e o que propúnhamos.”
Garcia fez questão de distinguir o processo de televisão por assinatura com sinal aberto, motivo de reclamação por causa dos horários dos jogos.
“O horário da quarta à noite para o futebol na TV aberta é definido em conjunto com as federações e os clubes, e é muito valorizado exatamente porque garante ampla visibilidade aos clubes e a seus patrocinadores em horário nobre. É preciso esclarecer ainda que este horário impacta menos de 15% da quantidade de jogos do Brasileirão. Em 85% das partidas,as disputas acontecem durante o dia ou no início da noite. Este ano, as rodadas de quarta-feira à noite foram antecipadas em 15 minutos, começam agora às 21h45. A mudança favoreceu o torcedor que deixa o estádio e usa o transporte público para voltar para casa e permitiu que os torcedores de todos os estados passassem assistir às partidas na íntegra, na TV aberta, mesmo nos locais onde havia problema por conta do fuso.”
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos