Acusado na Justiça de “gestão temerária” por Atlético e Coritiba, o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, acusa de “suspeição” o perito judicial que analisa a contabilidade da entidade. O motivo é o pagamento da perícia, que está sendo feito por Mario Celso Petraglia, presidente do Furacão.
“O perito deveria receber em uma conta vinculada ao juízo, e não em sua conta pessoal. E o pagamento está sendo feito por Mario Celso Petraglia, que é um terceiro, estranho ao processo. Por isso peticionamos à Justiça pela suspeição do perito”, relata Emerson Fukushima, advogado de Hélio Cury.
Até então, o perito Sérgio Henrique Miranda de Sousa recebeu em sua conta pessoal três parcelas de R$ 14.400 pagas por Petraglia, R$ 43.200 no total. “Nunca houve determinação judicial para que isso ocorresse, é uma atitude estranha e suspeita”, comenta Fukushima.
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Leia a matéria completaO representante do presidente da FPF usa o artigo 33 do Código de Processo Civil para amparar a alegação. O artigo diz que “o numerário recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo”.
Advogado na ação contra Cury de Atlético, Coritiba e Ricardo Gomyde – candidato apoiado pelos rivais na eleição para a FPF –, Juliano Tetto contesta a reclamação: “A alegação da FPF não tem qualquer fundamento. Tudo o que está sendo feito consta no processo, foi peticionado. Caberá à juíza decidir”.
O perito tem até o próximo dia 4 para apresentar o laudo sobre a acusação de “gestão temerária”. A avaliação será submetida à juíza do caso, Vanessa Jamus Marchi, da 9ª Vara Cível de Curitiba, e pode representar o afastamento e inelegibilidade de Cury. Caso a Justiça determine a saída do cartola, um interventor seria nomeado e novas eleições convocadas.
A reportagem procurou Mario Celso Petraglia, mas o dirigente não atendeu aos telefonemas.
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