O presidente do Valencia, Amadeo Salvo, anunciou nesta quarta-feira (19) que o clube espanhol foi comunicado pela Uefa que o jogo desta quinta contra o Dínamo de Kiev, pela primeira rodada do mata-mata da Liga Europa, foi transferido da Ucrânia para o Chipre, em razão dos conflitos civis que estão ocorrendo na capital ucraniana.
Já chegou a 25 o número de mortos nos confrontos entre manifestantes antigoverno e as forças de segurança ocorridos terça-feira no centro de Kiev. Segundo o Ministério do Interior e da Saúde da Ucrânia, outras 241 pessoas sofreram ferimentos e foram hospitalizadas, entre elas 79 policiais e cinco jornalistas. Os embates continuaram ao longo da última madrugada na Praça da Independência (Maidan), que segue cercada pelos policiais.
Por causa desta situação caótica em Kiev, a Uefa acabou deslocando o jogo desta quinta-feira para a cidade de Nicósia, no Chipre. "Era muito complicado jogar em Kiev. Nos garantiram a segurança, mas há muitos imprevistos que não se podem controlar e o melhor é jogar em um campo neutro. Estamos satisfeitos. Prevaleceu o senso comum e a cordialidade de todas as partes, da Uefa, do Dínamo de Kiev e também do Valencia", afirmou Salvo.
O dirigente lamentou, porém, pelos torcedores do Valencia que foram ou iriam até Kiev. "Sentimos muitos pelos valencianos que iriam com sua melhor vontade de animar o clube que amam, para nos dar calor, e que gastaram seu tempo e seu dinheiro. A única coisa que podemos fazer é agradecer e seguir em contato. Esperemos que tenham a possibilidade de ver o Valência [no Chipre]", completou.
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