A relação entre Ronaldinho Gaúcho e Flamengo parece próxima de um desfecho não muito amigável. Exemplo disso foi o constrangimento por que passaram funcionários da loja oficial do clube, na noite de terça-feira, durante uma visita inesperada do irmão e empresário do craque, o ex-jogador Assis.
Com calma, Assis foi empilhando camisas e outros artigos referentes ao irmão no balcão da loja. Inicialmente, contou com a ajuda de alguns vendedores. Aos poucos, porém, eles notaram que havia algo estranho na atitude do empresário. Quando ouviram dele que não pagaria pelos produtos, chamaram o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Michel Levy.
Assis e o dirigente tiveram uma conversa demorada e tensa. O irmão de Ronaldinho Gaúcho deu a entender que agia daquela forma como protesto por uma dívida no pagamento de direitos de imagem do clube com o jogador. Michel Levy não impediu que o "comprador" deixasse a loja com um enorme pacote de camisas, calções e toalhas - tudo com referência ao camisa 10 do Flamengo.
Nesta quarta-feira, a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, pediu que Michel Levy não falasse do caso. Enquanto isso, Assis mudou o discurso, afirmando que, por contrato, Ronaldinho Gaúcho teria direito a uma cota de produtos licenciados. E que, por isso, ele foi à loja na sede do clube.
Assis acrescentou que nem o total de produtos de 50 lojas similares seria suficiente para saldar a dívida do Flamengo com Ronaldinho Gaúcho. A assessoria de Patricia Amorim disse desconhecer o item citado pelo empresário no contrato com o jogador.
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