Depois de tirar o Corinthians na fase de grupos ao vencer o São Paulo no Morumbi, o Ituano ganhou do Palmeiras, por 1 a 0, neste domingo (30), no Pacaembu, e estragou a festa de mais de 30 mil torcedores alviverdes. O time rubro-negro, comandado pelo técnico Doriva, está na final do Campeonato Paulista.
Nada deu certo para o Palmeiras. Machucado, Valdivia só entrou no segundo tempo (e nada fez a não ser tomar o terceiro amarelo). Fernando Prass e Alan Kardec saíram lesionados no fim do primeiro tempo. E, para aumentar o sofrimento, quem fez o gol decisivo, a sete minutos do fim da partida, foi um ex-corintiano Marcelinho.
Campeão paulista em 2002, ano em que o Estadual não teve os grandes (além de Ponte, Guarani, São Caetano, Portuguesa e Paulista, que também disputaram o Torneio Rio-São Paulo), o Ituano vai pegar o Santos na decisão. O primeiro jogo, domingo, tem mando do time de Itu. A volta terá o Santos como mandante.
O jogo
Depois de apanhar muito no jogo contra o Bragantino, quinta (27), Valdivia ficou com o tornozelo inchado e sem condições de começar a partida deste domingo. Substituído por Mendieta, ficou no banco para jogar no sacrifício no caso de alguma necessidade.
Sem a mesma criatividade, o Palmeiras sofreu para criar chances de gol no primeiro tempo. A partida era pegada no meio-campo. Dono da melhor defesa da competição, o Ituano de Doriva confirmava a expectativa de jogar fechadinho atrás, sem deixar que a bola chegasse para Alan Kardec ou Leandro.
Ainda assim Wagner teve de trabalhar. Aos 16 minutos, pegou chute potente de Wesley. Aos 23, saiu aos pés de Leandro para salvar o Ituano depois de lindo passe de Mendieta. Do outro lado do campo, Fernando Prass também fez boa defesa, em chute de Rafael Silva, aos 34.
No final do primeiro tempo, Alemão deu entrada dura em Alan Kardec, que precisou ser substituído com fortes dores na coxa esquerda. O centroavante foi para o vestiário apoiado em dois membros da comissão técnica e chorando. Para piorar a situação alviverde, Fernando Prass voltou a sentir lesão no tornozelo e foi trocado por Bruno no intervalo.
Sem três dos seus principais jogadores, o Palmeiras tinha mais 45 minutos para buscar um gol. Sentindo a cobrança da torcida, o time alviverde foi para cima. Bruno César arriscou de longe, a bola desviou em Alemão e foi para fora. Na sequência, o meia cobrou escanteio, Marcelo Oliveira cabeceou bem, mas Wagner fez grande defesa. Na resposta, Rafael Silva chutou rasteiro e Bruno tirou com a ponta dos dedos.
O jogo já estava com 23 minutos do segundo tempo quando Gilson Kleina atendeu os pedidos da torcida e chamou Valdivia. Três minutos depois, Doriva trocou Jean Carlos por Marcelinho. E foi essa alteração que mudou o jogo. Aos 38 minutos, o meia de 24 anos, revelado na base do Corinthians, pegou sobra de chute de Esquerdinha que bateu na zaga e, com precisão, mandou no cano esquerdo de Bruno.
Desorganizado, cansado e nervoso, o Palmeiras não chegou sequer perto de furar a defesa do Ituano - que levou 10 gols em 17 partidas. A final, assim, será do melhor sistema defensivo contra o melhor ofensivo.
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