A procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) vai formalizar nesta segunda-feira (13) a denúncia contra o J. Malucelli pela escalação irregular do atacante Getterson nas três primeiras rodadas do Paranaense.
O jogador, que atuou pelo FC Dallas, dos Estados Unidos, entre junho e dezembro do ano passado, entrou em campo pelo Jotinha sem a liberação no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Somente na segunda-feira passada (6) que o nome de Getterson apareceu no site da entidade.
“Vamos protocolar ainda hoje a denúncia... Acredito que como é um assunto importante para o campeonato e que influencia até na tabela o julgamento deve acontecer na próxima semana”, explicou o o procurador-geral do TJD-PR, Gilson Goulart Júnior.
Se for condenado, o Jotinha perderá três pontos para cada uma das três partidas que o atacante participou. Além disso, o time do Barigui também perderia os sete pontos conquistados até aqui na competição – vitórias sobre Cascavel e Cianorte e empate com o Foz do Iguaçu.
A denúncia do TJD-PR é embasada no artigo 214 do CBJD [Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O artigo fala em “incluir na equipe ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta que não tenha condição legal de participar de partida, prova ou equivalente”.
Jota contesta irregularidade
O advogado do J. Malucelli, Marcelo Contini, contesta que o atacante tenha atuado de forma irregular. “Na verdade fomos até surpreendidos com essa informação porque ele tem contrato publicado desde junho de 2016, quando renovou até o fim de 2018. Por enquanto não fomos notificados de nada. Ao nosso ver não existe nada errado”, disse Contini, na semana passada, antes da confirmação da denúncia.
Segundo o advogado, o que foi publicado no BID foi apenas o Certificado de Transferência Internacional (CTI), o que não afetaria a condição de jogo do atleta. “O contrato dele está ativo com o Jota. Ele saiu por empréstimo e retornou. Não foi uma transferência em que deixou o clube e foi contratado de novo, por isso não há irregularidade”, garante o advogado.
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