Em entrevista nesta quarta-feira (15), a primeira após o rebaixamento do Vasco, o meia Juninho Pernambucano criticou a possibilidade do time retornar à Primeira Divisão através dos tribunais. O atleta de 39 anos, que não joga desde o dia 10 de novembro por causa de uma lesão na coxa, também afirmou que existe uma tendência de greve dos jogadores no Brasileiro caso a CBF não escute o movimento Bom Senso FC.
Na entrevista coletiva, Juninho mostrou serenidade ao comentar a possibilidade de o Brasileirão deste ano ter 24 clubes, numa forma de encerrar a disputa judicial promovida por Fluminense e Portuguesa. O Vasco seria um dos beneficiados pela virada de mesa.
"Sou a favor de 20 equipes, sou contra a virada de mesa. Futebol tem que ser resolvido dentro do campo, como foi o nosso caso. Acabamos em 18º lugar, lamentavelmente fiz parte desse grupo, e também tenho minha parcela de culpa. É muito mais honroso jogar a Série B e voltar no campo", opinou Juninho.
O veterano também não poupou críticas à CBF. Um dos líderes do Bom Senso FC, Juninho reforça a ameaça de o grupo realizar uma greve durante o Brasileirão se não tiver suas reivindicações atendidas.
"A CBF não recebeu o Bom Senso como deveria e não respeitou o movimento. A tendência é a de que o Brasileirão tenha uma paralisação de jogos e não mais protestos. Se a CBF não ouvir o Bom Senso, o campeonato vai ser paralisado. Não agora no Estadual, porque assim prejudicaríamos os jogadores dos times pequenos que mais precisam, mas no Brasileiro a intenção é essa" alertou.
Aposentadoria
Na coletiva, Juninho também falou do seu atual momento no futebol. "Eu tinha decidido parar. O Rodrigo Caetano [diretor executivo] e o [presidente] Roberto Dinamite me ligaram e argumentaram que eu deveria tentar voltar a jogar no Campeonato Carioca e ter a oportunidade de terminar a carreira com uma imagem que não daquela lesão. Eu estou muito atrás do grupo, está sendo difícil fazer essa pré-temporada. O combinado é que se eu não conseguir eu vou parar. Futebol não se joga só com o nome", contou.
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