O Borussia Dortmund entrou na segunda partida da semifinal diante do Real Madrid, nesta terça-feira (30), com a tranquilidade de quem havia vencido o jogo de ida por 4 a 1. Depois de 81 minutos sem tomar gol, o time alemão levou dois em sequência, viu o estádio Santiago Bernabéu explodir, mas, no fim, garantiu a vaga na grande decisão da Liga dos Campeões da Europa.
O final emocionante da partida, no entanto, não assustou o técnico Jurgen Klopp. "Não levei um susto. Era o que esperávamos e sabíamos que tínhamos que reagir bem, como sabemos fazer. Tivemos ocasiões muito claras, mas o Real sabe jogar futebol apaixonadamente. Tínhamos que defender, o Real é um dos melhores times do mundo. Queríamos avançar e jogamos um jogo magnífico", avaliou.
O treinador explicou como ficou tranquilo nos minutos finais mesmo sabendo que sua equipe seria eliminada se sofresse mais um gol. "Não é difícil explicar os últimos minutos. Pensei que se Deus quisesse chegaríamos à final, se não quisesse, não. A partida foi uma loucura no segundo tempo. Mas conseguimos reagir e permanecer firmes."
Apesar de garantir que se manteve frio, Klopp não escondeu a emoção por levar o Borussia a sua primeira final da Liga dos Campeões desde a temporada 1996/1997, quando venceu seu único título do torneio. "Vivi muitas coisas no futebol, mas hoje (terça) foi diferente e estou emocionado. Se tivéssemos perdido teria sido uma grande decepção", admitiu.
Quem também não escondeu a emoção pela classificação foi o zagueiro brasileiro Felipe Santana, que entrou nos minutos finais da partida.
"É impossível achar uma palavra para descrever a emoção que estou sentindo nesse momento. Ter a possibilidade de disputar a decisão do campeonato mais importante da Europa é algo que ficará marcado para sempre na minha memória. Sabíamos que o Real Madrid faria um jogo muito difícil nessa segunda partida e, apesar do bom resultado que construímos na Alemanha, nossa classificação estava longe de estar definida".