O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, revogou a lei que concedia inviolabilidade à sede da Conmebol, situada na cidade de Luque, conforme foi publicada nesta quinta-feira no diário oficial do país.
Com isso, acaba a proteção similar a de embaixadas e órgãos diplomáticos, que a entidade tinha direito. A medida já havia sido aprovada por deputados e senadores paraguaios nas últimas semanas.
A lei de 1997 concedia à Conmebol a “imunidade contra revistas, desapropriação, confisco e toda outra forma de interferência, seja de caráter “executivo, administrativo, judicial ou legislativo”.
“Uma barbaridade única no mundo, já que se outorgava a um ente privado a possibilidade de atuar em nosso território à margem da justiça nacional”, apontava o texto aprovado pelos senadores paraguaios, após votação realizada no último dia 11.
A medida foi tomada após a detenção de sete dirigentes da Fifa, no fim de maio, em um hotel de Zurique, na Suíça, sob a acusação de envolvimento em um esquema de corrupção na entidade internacional.
Entre os presos, estava Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol, e José Maria Marin, que foi mandatário da CBF e integrou o comitê executivo da entidade sul-americana.
O paraguaio Nicolás Leoz, que presidiu a confederação do continente durante 26 anos, até renunciar em 2013, foi um dos acusados de participar de esquema de corrupção e por isso se encontra em prisão domiciliar.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias
Moraes viola a lei ao mandar Daniel Silveira de volta à cadeia, denunciam advogados
Grupos pró-liberdade de expressão se organizam contra onda de censura