Luiz Antônio se emociona com o gol e a vitória da Chapecoense em sua primeira participação na Libertadores.| Foto: JUAN BARRETO/AFP

Não tinha forma mais justa da Chapecoense começar sua caminhada na Libertadores, competição que disputa pela primeira vez em sua história. Na noite desta terça-feira (7), o time catarinense foi até Maracaibo e ganhou do Zulia (VEN), por 2 a 1, no Estádio Pachencho, pela primeira rodada do Grupo 7. Ao final do jogo, houve muita comemoração ainda em campo entre jogadores, comissão técnica e dirigentes.

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Essa foi a primeira vez que os brasileiros saíram do país desde a tragédia na Colômbia no ano passado. Com os primeiros três pontos, a Chapecoense vai dormir pelo menos até quinta-feira na liderança, quando Lanús e Nacional-URU se enfrentam na Argentina.

TABELA: Confira os jogos e a classificação da Libertadores

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“Sabíamos que a cidade de Chapecó, comovida, precisava de uma vitória (...) Tínhamos que vencer para retribuir todo o apoio recebido de Chapecó e de todo o mundo”, disse Mancini na entrevista coletiva após a partida, disputada no estádio Pachencho Romero de Maracaibo (noroeste da Venezuela).

O novo técnico da Chape, que assumiu o posto de Caio Júnior - um dos 71 mortos na catástrofe, incluindo 19 jogadores -, destacou o fator emocional da partida, que marcou o retorno da equipe catarinense ao cenário internacional.

“A partida tinha um aspecto esportivo, mas também um aspecto emocional muito importante, porque para a Chapecoense foi o primeiro jogo internacional após o acidente”, afirmou Mancini.

O lateral-esquerdo Reinaldo, um dos 22 novos reforços que a Chape trouxe para se reconstruir, marcou em cobrança de falta praticamente sem ângulo o primeiro gol do time catarinense na competição, aos 33 minutos de jogo. O meia Luiz Antônio, outra cara nova do elenco, ampliou com chute colocado de fora da área, aos 24 do segundo tempo.

O capitão do Zulia, Juan Arango, diminuiu o prejuízo para o time venezuelano de cabeça, aos 33.

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“Não é apenas a vitória, que nos dá três pontos, e sim como vencemos. Ganhamos jogando bem, ganhamos neutralizando o rival”, disse o treinador.

A partida começou com os dois times apostando na bola parada para abrirem o placar. E foi justamente assim que saiu o primeiro gol. Aos 32 minutos, Reinaldo surpreendeu em cobrança de falta sem ângulo e mandou direto para o gol, com ajuda do zagueiro Antes, o goleiro Vega havia salvado em cabeçada de Andrei Girotto.

O Zulia voltou do intervalo em busca do gol de empate e assustou em finalização de Orozco, mas viu a Chapecoense ampliar aos 23 minutos. Luiz Antônio recebeu de João Pedro e bateu no cantinho de Vega, de primeira.

Os donos da casa diminuíram com Arango, de cabeça, aos 32. Nos minutos finais, o empate só não saiu porque o goleiro Artur Moraes fez uma linda defesa em finalização de Arango. O apito final trouxe o alívio e a emoção aos visitantes no gramado.

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O time venezuelano volta a campo pela Libertadores na quarta-feira da semana que vem contra o Nacional-URU, às 19h30, no Parque Central, em Montevidéu. Na quinta, a Chapecoense recebe o Lanús, também às 19h30, na Arena Condá, em Chapecó. Antes, neste sábado, visita o Inter de Lages pelo Catarinense.

Outros resultados

Nas outras partidas deste primeiro dia da fase de grupos da Libertadores, o tradicional Peñarol sucumbiu diante do Jorge Wilstermann. Pelo Grupo 5, o mesmo do Palmeiras, os uruguaios foram atropelados na Bolívia por 6 a 2 e jogo movimentado, que chegou a ter uma expulsão para cada lado.

O Guaraní-PAR visitou o Deportes Iquique, no Chile, e venceu por 1 a 0.

FICHA TÉCNICA:

ZULIA 1 X 2 CHAPECOENSE

ZULIA

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Vega; Rivillo (Romero), Kambou, Plazas e Notaroberto; Carlos Moreno, César Gómez (Zambrano), Savarino, Arango e Orozco; Unrei. Técnico: Daniel Farias.

CHAPECOENSE

Artur Moraes; João Pedro, Nathan, Douglas Grolli e Reinaldo; Andrei Girotto, Moisés Ribeiro (Luiz Otávio) e Luiz Antônio; Niltinho (Osman Júnior), Wellington Paulista e Arthur (Apodi). Técnico: Vagner Mancini.

Gols: Reinaldo (C), aos 32/1º; Luiz Antônio (C), aos 23/2º, e Arango (Z), aos 32/2º.

Árbitro: Omar Ponce (Equador).

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Amarelos: Kambou, Romero, Zambrano e Arango (Z).

Estádio: Pachencho, em Maracaibo (VEN).