A classificação do Londrina para a final da Série C do Brasileiro foi sofrida, como está acostumado o torcedor londrinense, que novamente encheu o Estádio do Café, na noite deste sábado (31). Mais de 17 mil pessoas apoiaram o Tubarão e a vaga só veio nos pênaltis (5x3), diante do Tupi, de Minas Gerais, depois de mais um 0 a 0, como na partida de ida, em Juiz de Fora.
Com a classificação, o Londrina tem a chance de conquistar um troféu nacional depois de 35 anos. O único título nacional do LEC foi a T aça de Prata de 1980, o equivalente a Série B do Brasileirão, e que estampa a única estrela acima do escudo do clube.
O goleiro Vitor, que já é chamado de santo pelo torcedor alviceleste pelas suas defesas nas penalidades, como a do título Estadual em 2014, diante do Maringá, fez jus ao apelido. O camisa 1 foi o salvador ao defender a primeira e única cobrança desperdiçada pelo meia Marco Goiano, do Tupi.
“Tenho sido feliz nessas decisões. A gente tem que estar pronto para esses momentos. Nossa família sofre muito com as viagens longas, não é fácil. É daí que sai a nossa força. Treinei muito a parte técnica e isso faz a diferença para um goleiro nestas horas”, desabafou o goleiro.
O Londrina foi superior ao time mineiro desde o primeiro tempo. O Tubarão criou as melhores chances, mas a bola custava a entrar. O goleiro alviceleste, nas poucas vezes em que foi acionado no tempo normal mostrou segurança. O meia Rafael Gava era o principal homem de crianção no meio de campo do time paranaense. No ataque, Bruno Batata foi marcado de perto pelos defensores do Tupi, o que causou dificuldades para o Londrina finalizar com qualidade na meta do Tupi.
No intervalo, o técnico Cláudio Tencati sacou o meia Edmar e colocou o atacante Quirino, para ganhar mais força ofensiva dentro da área adversária. A pressão do Tubarão continuou.
O torcedor queria o gol da classificação para a final e pediu a entrada do meia Netinho. Tencati ouviu as arquibancadas e tirou o volante Itallo. O Tubarão foi com tudo para o ataque mas não conseguiu furar a forte marcação do Tupi, que se mostrava estra satisfeito com o empate e conseguiu segurar o resultado até o final do jogo.
Nas cobranças de pênalti, Vitor foi o herói, e defendeu a primeira cobrança do meia Marco Goiano. Bruno Batata, Germano, Paulinho e Netinho converteram para o Tubarão. O time mineiro também marcou todas as penalidades restantes. Sobrou para o zagueiro Sílvio, o atleta mais antigo do elenco londrinense, efetuar a última cobrança. O camisa 3 soltou o pé na bola e classificou o Tubarão para a final da Série C.
O Tubarão agora espera o resultado de Brasil de Pelotas-RS e Vila Nova-GO para saber quem enfrenta na decisão. Os dois times jogam segunda-feira (2), no Serra Dourada. Na primeira partida, no Rio Grande do Sul, acabou empatado em 0 a 0.
Craque
O goleiro fez a defesa mais importante do jogo. Defendeu a primeira cobrança de pênalti do Tupi e garantiu a classificação do Tubarão.
Guerreiro
Foi o jogador que mais criou no time do Londrina. Esteve em todos os lados do campo e por pouco não marcou durante os 90 minutos.
Bonde
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