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| Foto: VALTERCI SANTOS/VALTERCI SANTOS

Advogado do Atlético e ex-dirigente do Coritiba, Domingos Moro, 57 anos, foi encontrado morto em seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (12). Informações preliminares apontam para um mal súbito como a causa da morte. Lembre clássicos que marcaram a atuação de Moro como advogado na esfera esportiva.

A bola do gol

Em 2004, Moro estreou no Direito Esportivo defendendo o atacante Aristizábal, contratado a peso de ouro pelo Coritiba para a temporada em que o clube voltaria a jogar a Libertadores da América. Ao final do julgamento, que poderia render uma punição severa por agressão física, o advogado travou um diálogo com a bola do primeiro gol do colombiano vestindo a camisa alviverde, mostrando como o objeto era importante na vida do jogador. A inspiração veio do filme “O Náufrago”, no qual o ator Tom Hanks, perdido em uma ilha deserta, faz amizade com uma bola da marca americana Wilson.

Homem-Bomba

O Atlético foi parar no STJD em 2009, em virtude do arremesso de bombas dentro da Baixada, num Atletiba válido pelo Brasileiro. Para provar que a revista antes das catracas não conseguia perceber o ingresso dos artefatos no estádio, Moro viajou de Curitiba ao Rio de Janeiro portando explosivos escondidos. E, em plena tribuna, sacou as bombas do paletó, do sapato, do bolso da calça... “Mostrei que nem mesmo a inspeção rigorosa de um aeroporto é capaz de deter os explosivos, como ficou comprovado. Quanto mais uma simples e rápida revista”, declarou. O Furacão acabou escapando da punição.

Bala, cadeira, chinelo...

Moro gostava mesmo de lançar mão de artifícios estranhos ao dia a dia do tribunal. Além das bombas, ele já surpreendeu com uma bala (doce), chinelo, caneta laser e até uma cadeira. No caso da bala – quando o Atlético foi parar no tribunal, em 2008, por um torcedor ter atingido com o objeto o jogador Cristian, do Paraná – o advogado chegou a arremessar o doce nos auditores do TJD-PR, para mostrar seu potencial inofensivo. Fez quase o mesmo com o chinelo, em outra oportunidade, calçado por ele durante a sessão, sem que ninguém conseguisse perceber.

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