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Antes do amistoso, jogadores da Inglaterra e França se uniram para cantar a Marselhesa, o hino francês. | John Sibley/REUTERS
Antes do amistoso, jogadores da Inglaterra e França se uniram para cantar a Marselhesa, o hino francês.| Foto: John Sibley/REUTERS

Torcedores ingleses se pintam com cores da França para homenagear vítimas do terrorismo

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Com 11 anos de diferença, Wayne Rooney e Bamidele Alli são frutos de duas gerações muito diferentes do futebol inglês. Nesta terça-feira (18), os dois fizeram golaços para garantir a vitória da Inglaterra sobre a França, por 2 a 0, em Wembley, em amistoso marcado por homenagens às vítimas dos atentados terroristas em Paris.

Após um clima de amizade poucas vezes visto entre dois rivais históricos não só nos gramados, mas também nas relações internacionais, o amistoso desta terça-feira ocorreu sem animosidades. E a Inglaterra, jogando em casa, se saiu melhor.

Bamidele Alli, de 19 anos, que até o semestre passado jogava na terceira divisão inglesa, teve sua primeira oportunidade como titular e fez um lindo gol. O meia do Tottenham soltou um torpedo de longe, aos 39, e, com a ajuda de um leve desvio na zaga, mandou a bola no ângulo do goleiro Lloris, sem nenhuma chance de defesa.

Na segunda etapa, logo aos 3 minutos, Sterling cruzou da esquerda de Rooney pegou a bola no ar, de voleio, para fazer também um lindo gol. O veterano de 30 anos não vem bem pelo Manchester United mas marcou em quatro dos últimos cinco jogos da seleção.

Homenagens

Antes da partida, a Marselhesa, como é chamado o hino francês, foi cantada em plenos pulmões pela torcida inglesa como parte da bonita homenagem feita em Wembley antes do amistoso entre as duas seleções de futebol.

  • Torcedor inglês presta homenagem às vítimas dos atentados em Paris.
  • Torcedor inglês presta homenagem às vítimas dos atentados em Paris.
  • Jogadores da França e da Inglaterra se uniram no hino nacional francês.
  • Rooney comemora gol na vitória da Inglaterra sobre a França.
  • Primeiro-ministro britânico David Cameron, o técnico Rody Hodgson, o príncipe William e o técnico Didier Deschamps prestam condolência às vítimas de Paris.
  • Seleção francesa no momento do hino antes do amistoso com a França: torcida inglesa montou mosaico com bandeira francesa.
  • Torcedor inglês presta homenagem às vítimas dos atentados em Paris.
  • Deli alli comemora gol na vitória da Inglaterra sobre a França.
  • Lassa Diarra, jogador francês que teve uma prima vítima dos terroristas em Paris.
  • Torcedor francês no estádio de Wembley antes do amistoso com a Inglaterra.

À pedido da torcida inglesa, a Federação Inglesa de Futebol (FA, na sigla em inglês) passou a letra do hino francês nos telões de estádio, para que pudessem ser cantados pelos ingleses. Também um mosaico com a bandeira da França foi montado atrás de um dos gols.

O príncipe William, segundo do linha sucessória da rainha Elizabeth II, entrou em campo antes da partida com uma coroa de flores, em memória às pessoas mortas no atentado. Também o primeiro-ministro britânico, David Cameron, fez o mesmo.

Após a execução dos hinos, os jogadores se reuniram ao redor do círculo central, intercalados entre franceses e ingleses, e respeitaram um minuto de silencio. Um dos mais emocionados era o francês Lassana Diarra, que perdeu uma prima nos atentados.

Pelo Twitter, a Federação Francesa agradeceu “à FA, à Inglaterra e o povo da Inglaterra”, ajudando a promover a hashtag #NousSommesUnis (nós somos unidos), também publicada pelo perfil da seleção inglesa.

Na sexta-feira, um dos ataques terroristas em Paris foi contra o Stade de France, onde a França jogava amistoso contra a Alemanha. De dentro do estádio pôde-se ouvir os estouros dos homens bomba, mas o jogo não foi paralisado. Só depois do apito final é que informou-se o ocorrido, com o gramado sendo liberado para que os torcedores não entrassem em pânico.

Os terroristas não chegaram a entrar no Stade de France e por isso o dano causado pelo ataque foi muito inferior ao potencial. Morreram os três homens-bomba e um torcedor. Os outros ataques reivindicados pelo Estados Islâmico, entretanto, causaram 129 mortes.

Por suspeitas de bombas, outros dois amistosos importantes previstos para esta terça-feira foram cancelados. O anúncio de que Bélgica x Espanha, em Bruxelas, não seria realizado, aconteceu já na noite de segunda. Na capital belga estaria o suspeito de ser o mentor dos atentados.

Já nesta terça-feira, pouco antes de Alemanha x Holanda, em Hannover, o estádio foi evacuado. Ainda não há informações claras sobre o motivo do cancelamento da partida.

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