Há quatro rodadas, o Manchester United tinha oito pontos de vantagem na ponta do Campeonato Inglês e parecia impossível que alguém lhe tirasse o título. Mas tudo mudou em três semanas. Principalmente depois da vitória do Manchester City sobre o seu rival caseiro, por 1 a 0, nesta segunda-feira (30), no Estádio Cidade de Manchester.
Isso porque agora o Manchester City é o líder do Campeonato Inglês. Os dois times têm 83 pontos, mas a equipe azul fica na frente porque tem melhor saldo de gols: 61 a 53. Ao Manchester United, resta tentar reverter esta desvantagem com goleadas sobre Swansea City (em casa) e Sunderland (fora), times que só cumprirão tabela nas duas últimas rodadas da competição.
Já o City tem um calendário um pouco mais difícil, porque no próximo domingo vai jogar fora de casa contra o Newcastle, o quinto colocado, que luta por uma vaga na Liga dos Campeões. Depois, o jogo do título pode ser contra o Queens Park Rangers, que briga contra o rebaixamento, em Manchester. A taça do Campeonato Inglês seria apenas a terceira da história do Manchester City, que foi campeão em 1967/68 e 1936/37.
O jogoCom cara de clássico, a partida teve mais garra do que belas jogadas. Exceção aos primeiros 10 minutos, a etapa inicial teve o Manchester United pensando em se defender (Rooney era o único atacante) e o City bastante preocupado em atacar (com David Silva, Tévez e Agüero na frente). Balottelli, perdoado por Mancini, ficou no banco dos donos da casa.
As chances reais de gol, porém, eram escassas. Destaque para duas jogadas de linha de fundo do City. Numa, Tévez cruzou e Jones salvou. Em outra, Nasri fez a jogada e Agüero, no meio da ára, mandou para fora.
O gol só saiu aos 46 minutos. David Silva cobrou escanteio pela esquerda e Kompany subiu mais que a marcação para testar firme para dentro do gol, sem nenhuma chance para o goleiro De Gea.
Conforme esperado, a pressão mudou de lado no segundo tempo. Era o Manchester United que precisava vencer e partiu para o ataque. Aos 3 minutos, Giggs quase fez gol olímpico - Hart tirou de tapinha. Tal qual o City, porém, o time vermelho tinha dificuldades em ameaçar o gol.
Precisando vencer, Alex Ferguson trocou Park e Scholes pelos atacantes Valencia e Welbeck. Mancini respondeu tirando dois homens de frente (Tévez e David Silva) e colocando dois jogadores de contenção: Richards e De Jong. Ainda assim, foi o City que fechou o jogo sendo mais perigoso, aproveitando os espaços no contra-ataque. Não fosse o preciosismo, poderia ter feito 2 a 0.
Nos minutos finais, um momento raro no futebol inglês. Mancini e Ferguson se desentenderam depois de um lance mais ríspido em campo e trocaram ofensas, a ponto de precisarem ser separados. No fim do jogo, se cumprimentaram protocolarmente.
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