O técnico Mano Menezes pouco falou sobre a derrota do Corinthians para a Ponte Preta por 2 a 1, neste domingo, em Campinas, pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Em vez disso, dedicou quase toda a sua entrevista para falar sobre o episódio de violência no centro de treinamento corintiano na véspera do duelo.
Para ele, a invasão de cerca de 100 torcedores, que agrediram uma faxineira e o atacante Guerrero, além de roubarem três celulares, não pode passar em branco."Você não consegue fazer uma boa preparação depois de um episódio como esse. Ninguém - presidente, treinador e jogadores - queria jogar, porque o que aconteceu não deveria passar em branco", disse Mano.
"Futebol tem profissionais que trabalham e recebem para isso. Imprensa, profissionais remunerados, que divulgam, o torcedor, que incentiva e pode até protestar, pois paga para assistir ao jogo. Mas tudo tem limite. Se todo o mundo se julgar no direito de ir além, vai ficar muito ruim para o futebol de que nós gostamos", acrescentou.
O Corinthians disse que registrou um boletim de ocorrência e que irá exigir punição aos torcedores que invadiram o CT ontem. Em nota, o clube afirmou que refletiu sobre não entrar em campo, mas decidiu jogar para evitar maiores danos ao clube e aos jogadores.
"Segundo a Federação Paulista de Futebol e a TV Globo, não era possível fazer o adiamento do jogo já que diversos compromissos envolviam a questão", diz trecho da nota.
A derrota para a Ponte Preta foi a terceira consecutiva do Corinthians no Paulista, o que não ocorria no Estadual desde 2004. O resultado deixou o time na vice-lanterna do Grupo B, com seis pontos em cinco jogos.
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