O governo da Suíça anunciou nesta quarta-feira (28) que o ex-presidente da CBF José Maria Marin aceitou ser extraditado para os Estados Unidos.
Marin, 83, está preso em Zurique desde o dia 27 de maio, acusado pelas autoridades americanas de envolvimento num esquema de corrupção relacionado a direitos de transmissão e marketing de competições. Foi detido com outros seis cartolas numa operação na véspera do congresso da Fifa.
Segundo o Departamento de Justiça da Suíça, o cartola concordou na terça (27) em ser transferido para o território americano. Com isso, segundo o governo suíço, o processo de extradição será acelerado. A Suíça destaca que, inicialmente, Marin havia se posicionado contrário à extradição solicitada pelos Estados Unidos, mas na terça aceitou ser transferido.
De acordo com o governo suíço, por razões de segurança e privacidade, nenhuma informação será divulgada sobre sua transferência. Em nota, as autoridades destacam que Marin é acusado de receber “milhões de dólares de propina” de um esquema ligado a desvios de dinheiro de vendas de direitos de transmissão de torneios da Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023, além da Copa do Brasil entre 2013 e 2022. “Ele teria dividido esses subornos com outros dirigentes de futebol”, afirma o governo suíço.
Os advogados do cartola negociam há meses com as autoridades americanas uma espécie de prisão domiciliar, mediante a fiança, enquanto o brasileiro responde às acusações. Por ter imóvel na cidade americana, ele tentaria obter o mesmo benefício dado ao ex-presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, que aceitou ser transferido para os EUA em julho. Conforme a Folha de S.Paulo mostrou em julho, a fiança pode chegar a pelo menos US$ 7 milhões.
O governo suíço já havia aprovado a extradição de outros cinco cartolas presos na mesma operação: o costarriquenho Eduardo Li, o venezuelano Rafael Esquivel, o britânico Costas Takkas, o uruguaio Eugenio Figueiredo e o nicaraguense Julio Rocha.
O escândalo levou à renúncia do presidente da Fifa, Joseph Blatter, no dia 2 de junho e à convocação de novas eleições na entidade em fevereiro de 2016. Suspeito de envolvimento na investigação conduzida pelos americanos, o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, tem evitado deixar o Brasil, temendo ser alvo de um pedido de prisão no exterior.
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