A rádio chilena Bío Bío divulgou nesta quarta-feira (17) o que teria sido o diálogo entre o meia Arturo Vidal e o policial que efetuou a prisão do jogador, logo após acidente de trânsito na noite desta terça-feira (15). “Você vai me algemar? Me algeme que você vai ferrar todo o Chile”, disse o atleta da Juventus, que foi liberado para se apresentar ao técnico Jorge Sampaoli e foi reincorporado a delegação do país que participa da Copa América.
A discussão entre Vidal e o agente de segurança teria sido filmada por uma testemunha. O policial chegou a falar sobre o jogador sobre a situação em que estava envolvido, diante de um ídolo da seleção. “Não faça as coisas ficarem mais difíceis”, disse o servidor público.
Segundo outra testemunha, da Rádio Cooperativa, Vidal estava visivelmente sobre efeito do álcool e se queixou do veículo que estava a frente, que estaria indo muito devagar.
“Como vou conseguir dirigir essa merda? Como pode ser tão idiota, não pensa?”, teria dito ao motorista do outro veículo, que acabou atingido pelo atleta da Juventus.
Ao ser abordado pelo policial, Vidal questionou o fato de ser abordado, pois não havia nenhum ferido no acidente, apesar do estado aparente de embriaguez.
Terça à noite, o meia retornava para concentração da seleção chilena’, conduzindo sua Ferrari a 160 km/h, quando colidiu com outro veículo. No veículo também estava a esposa de Vidal, María Teresa Matus, ambos retornando de um cassino.
Vidal sofreu apenas algumas lesões leves, mas ao passar pelo teste de alcoolemia após o acidente. Segundo versões extra-oficiais, o registro foi de 1,2 gramas álcool por ligro de sangue, 0,4 acima do permitido pela legislação do chilena.
O meia precisou passar a noite em uma delegacia em Santiago e nesta manhã foi levado diretamente para um tribunal, em que teve que encarar uma audiência que durou cerca de três horas.
O juiz que ficou responsável pelo caso, decidiu reter a habilitação do atleta da Juventus e obrigá-lo a se apresentar mensalmente no consulado do Chile em Milão, o mais próximo a Turim, onde Vidal vive, durante os 120 dias que irá acontecer a investigação.