Em meio ao fogo cruzado que se tornaram as negociações entre representantes da Primeira Liga (novo nome da Sul-Minas-Rio) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, segue em silêncio, sem se manifestar.
Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo para comentar as recentes polêmicas envolvendo a possibilidade de disputa da Primeira Liga já em 2016, Cury respondeu por nota que aguardaria o resultado da reunião entre federações de todo o país e a CBF, na próxima terça-feira (27), para se posicionar.
“O presidente Hélio Cury não se posicionará até que as coisas sejam resolvidas e exista algo de concreto”, afirma nota da FPF. A manifestação é diferente de outras entidades. As federações do Rio Grande do Sul e Minas Gerais já declararam apoio à competição –âassim como já havia feito a de Santa Catarina. Apenas o órgão do Rio de Janeiro trabalha contra a nova disputa.
A convocação da assembleia por parte da CBF, evento do qual Cury aguarda uma posição, foi inclusive o estopim para o rompimento da entidade que rege o futebol brasileiro com o diretor-executivo da Liga, Alexandre Kalil, na última segunda-feira (19). Isto porque no dia 9 de outubro, a CBF já havia confirmado o apoio à disputa.
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Em seguida, após receber pressão das federações estaduais, em especial da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), a Confederação voltou atrás e optou pela assembleia.
Terça-feira (20), foi a vez da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) ameaçar ir à Justiça para barrar a Primeira Liga. O argumento é de que o calendário da nova disputa coincide com o dos Estaduais o que, segundo a Fenapaf, geraria desgaste excessivo aos jogadores.
Por outro lado, o debate em torno da Primeira Liga rendeu duras críticas dos clubes fundadores da disputa contra a arbitragem brasileira e às federações estaduais. Na última segunda-feira (19), durante o programa Atletiba da Massa, da Rádio Massa, os presidentes de Atlético e Coritiba defenderam a Liga, criticaram a arbitragem brasileira e a gestão da FPF . Na eleição da Federação nesse ano, a dupla Atletiba apoio o opositor Ricardo Gomyde.
“Temos de abrir a cabeça da FPF para que trabalhe em favor dos clubes. Vamos procurar dar um exemplo também nas arbitragens. Hoje os clubes são cada vez mais prejudicados em termos financeiros e de arbitragem”, disse o presidente do Coxa, Rogério Bacellar, endossado pelo rubro-negro Mario Celso Petraglia.
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