Um dos seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense, na última terça-feira (29), na Colômbia, o goleiro Jackson Follmann está lúcido falando com a família. Segundo os médicos do clube, o jogador de 24 anos também tem total consciência de que teve a perna direita amputada abaixo do joelho em decorrência do acidente - ele correu o risco de perder também a esquerda, até conseguir evoluir.
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Hospitalizado em Medellín, surpreendeu o médico Edson Stakonski com sua resposta. “Minha vida vale mais do que perder a perna”, comentou o médico Chape em entrevista coletiva neste sábado (3). “Vou tirar isso de letra, foi outra frase dele”, emendou.
Segundo os médicos, ele está completamente consciente, fala com todos, com a sua família. Os psicólogos têm acompanhado e estamos surpresos com a atitude dele. Isso nos deixa otimistas”, explicou o diretor médico do hospital, Ferney Alexandre Rodriguez. A lesão mais preocupante do goleiro é na coluna, onde passará por cirurgia futuramente.
Além de Follmann, o lateral Alan Ruschel também não está entubado e já se comunica com familiares. “Já está acordado e conversando. Não tem lesão muscular e mexe os quatro membros”, afirmou Stakonski.
No entanto, ainda é cedo para pensar em uma transferência para o Brasil. “Eles ainda estão lutando pela vida”, reiterou.
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Rafael Henzel, jornalista da Rádio Condá, e o zagueiro Neto são os sobreviventes que inspiram mais cuidados. Ambos seguem utilizando ventilação mecânica e estão sedados. De acordo com Stakonski, somente após o quadro pulmonar de ambos melhorar que ambos sairão do coma induzido.
Para acompanhar o atendimento ao defensor, chegou neste sábado de Chapecó o ortopedista especialista em coluna Marcus André Sonagli. O médico fez neste ano uma cirurgia na coluna do jogador. A recuperação prevista era de seis meses, mas após três meses ele voltou a jogar, o que gera bastante otimismo.
“Ele é muito forte fisicamente e, na parte psicológica, é mais ainda. Sempre foi muito determinado. O Neto tem uma fratura na quinta vértebra lombar. Ainda vamos fazer outros exames”, afirmou Sonagli.
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