Gilmar foi o titular do Brasil nas copas de 58 e 62| Foto: Alex Almerida / Folhapress

O final de semana está sendo triste para a primeira geração campeã do mundo do Brasil. Depois da morte do lateral De Sordi, sábado, faleceu neste domingo, em São Paulo, o goleiro Gilmar dos Santos Neves, bicampeão mundial em 58 e 62 e considerado o maior arqueiro da história do futebol brasileiro.

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Gilmar, cuja grafia original do nome era com Y, tinha 83 anos e estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com um quadro de "infecção sistêmica". Os médicos já haviam avisado a família, na sexta-feira, que a situação de saúde de Gilmar era irreversível.

O ex-goleiro estava internado desde o dia 8 deste mês devido a uma infecção urinária e a um enfarte, de acordo com os médicos. Segundo boletim médico divulgado no sábado, ele já sofria de problemas decorrentes de um AVC e de insuficiência cardíaca, que deixaram sequelas em sua saúde.

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Gylmar nasceu em 22 de agosto de 1930, em Santos - portanto, havia completado 83 anos na última quinta-feira. Ao longo de sua carreira, defendeu, além da seleção brasileira, o Santos e o Corinthians, fazendo história em dois dos maiores clubes do futebol nacional.

Ele começou a carreira no Jabaquara, chegando ao Corinthians em 1951, como contrapeso da negociação do meia Ciciá, que defendia o time da Baixada. Naquele ano mesmo ele assumiria a posição de titular da meta alvinegra e conquistaria o título paulista. Em 10 anos de Corinthians, ganhou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1953, além dos estaduais de 1951, 1952 e 1954.

Quando os anos de seca começaram no Parque São Jorge, ele se desentendeu com a diretoria e rumou para o Santos. Chegou à Vila Belmiro em 1962, aos 32 anos, e fez parte do melhor time da história santista. Com Pelé, Pepe e Coutinho, entre outros, ganhou cinco títulos do Paulistão, três Torneios Rio-São Paulo, quatro Taças Brasil, uma vez o Robertão, duas Libertadores e dois Mundiais.

Pela seleção brasileira, Gylmar fez sua estreia em 1953. Foi titular nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1966, nesta última participando de apenas dois jogos e depois sendo substituído por Manga. Aposentou-se do Santos e da seleção em 1969, aos 39 anos.

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