Lateral-esquerdo da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1974, Marinho Chagas morreu na madrugada deste domingo (01), em João Pessoa. Aos 62 anos, ele sofreu uma hemorragia digestiva e faleceu às 3 horas da manhã no Hospital de Emergência e Trauma, na capital da Paraíba. Seu corpo será enterrado em Natal (RN), cidade onde nasceu.
Marinho morava na capital potiguar, mas estava em João Pessoa para participar de um evento de colecionadores de álbuns de figurinhas da Copa do Mundo. Foi quando estava conversando com outros participantes que passou mal e começou a vomitar sangue. Com problemas no fígado, foi internado às pressas na noite de sábado (31), mas não resistiu à hemorragia.
Em nota oficial, o presidente da CBF lamentou a morte do ex-jogador e ex-técnico. "José Maria Marin lamenta a morte daquele que foi um grande jogador, a quem admirava pelas atuações na seleção brasileira e manifesta os pêsames à família" registrou a entidade.
Por causa das mortes de Marinho Chagas e do apresentador Maurício Torres, da TV Record, a CBF avisou que todos os jogos do Campeonato Brasileiro neste domingo (01) serão precedidos de um minuto de silêncio.
Francisco das Chagas Marinho nasceu em 8 de fevereiro de 1952, em Natal. Começou a carreira no ABC e também vestiu a camisa do América-RN e do Náutico. Mas se destacou somente no Botafogo com atuações que o levaram à seleção brasileira. Pelo time nacional, jogou 36 partidas entre 1973 e 1977.
Em 1974, foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo. Também ficou famoso naquele Mundial pela briga com Leão. O goleiro culpou o lateral pelo gol da Polônia que tirou da seleção o terceiro lugar no Mundial. Por seu desempenho naquela Copa, é considerado um dos maiores laterais da história da seleção, ao lado de Nílton Santos, Júnior, Branco e Roberto Carlos.
Depois da Copa, defendeu Fluminense, São Paulo, Bangu, Fortaleza voltou ao América e teve duas passagens por clubes dos Estados Unidos. Lá vestiu as camisas do NY Cosmos, do FL Strikers e do LA Heat. Também defendeu o alemão Augsburg, seu último time como jogador, em 1988. Como treinador, comandou apenas o Alecrim, de Natal.