O Ministério Público Federal (MPF) está investigando novos casos de falsidade ideológica que não foram alvo da primeira denúncia contra Neymar. As investigações apontam divergências de assinatura do atacante em documentos firmados com o Santos, como o primeiro contrato que ele assinou com o clube, no momento de sua profissionalização, além de outros vínculos, como para pagamento de salários e direitos de imagem.
De acordo com os investigadores, as assinaturas foram dadas em documentos com a mesma data, mas são diferentes entre si. Isso leva à suspeita de que foram assinadas em datas retroativas. Essas assinaturas também não conferem com aquela registrada em um cartório em Santos. Os investigadores não divulgaram mais informações, porque a apuração do caso ainda está em curso.
A denúncia apresentada pelo MPF semana passada de sonegação fiscal e falsidade ideológica deve ser analisada nesta quinta ou sexta-feira pelo juiz Mateus Castelo Branco, da 5ª Vara de Santos. Ele pode acatá-la, transformando Neymar, seu pai e dirigentes do Barcelona em réus, ou rejeitá-la, antes da abertura de um processo.
Nesta semana, os advogados de Neymar encaminharam uma petição ao juiz pedindo que a denúncia não fosse aceita argumentando que os processos administrativos que são base da denúncia ainda estão em curso na Receita Federal, impedindo uma ação penal. O MPF respondeu à petição para dar continuidade ao caso.
Terça-feira (2), o jogador e o pai prestaram depoimento à Justiça da Espanha, que investiga suspeita de fraude na transferência do Santos para o Barcelona em 2013. O processo na Espanha está em fase de instrução. O juiz José de la Mata acolheu a queixa da empresa brasileira DIS Esportes e Organização de Eventos, que detinha 40% dos direitos federativos de Neymar quando ele ainda era jogador do Santos.
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