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Apesar de aumentarem suas receitas totais em 2017, Coritiba e Paraná ainda habitam "mundos diferentes" do que o rival Atlético, que registrou queda de 2% no faturamento comparado à temporada de 2016. 

 A opinião é do especialista em marketing e gestão esportiva Amir Somoggi, sócio da empresa Sports Value, que analisou os balanços do Trio de Ferro em estudo exclusivo para a Gazeta do Povo. 

 Coxa e Tricolor faturaram, respectivamente, R$ 119,1 milhões e R$ 22,8 milhões no ano passado – crescimento de 8% no caso alviverde e de 68% para os paranistas. O Furacão viu sua receita diminuir para R$ 161,3 milhões, mas segue como único clube da capital a apresentar superávit. 

 "São mundos bem diferentes", ressalta Somoggi. "O Atlético vive uma realidade, ainda que tenha a dívida da Arena, bem confortável. Mas fatura menos do que deveria", completa. 

 Os números do estudo apontam que o Coritiba, por exemplo, tem patinado em dívidas nos últimos quatro anos. Os débitos saltaram de R$ 214,3 milhões em 2014 para R$ 246,1 no ano passado. O que mais preocupa, contudo, são as dívidas fiscais que subiram para R$ 100,5 milhões – somavam R$ 66,9 milhões em 2014. 

 "O Coritiba tem uma dívida fiscal grande e também um problema de fluxo de caixa. Enquanto o Atlético acumula superávits, o clube tem perdas seguidas", diz Somoggi, que destaca a 'complicada' situação do Paraná. 

 No ano passado, quando conseguiu o acesso à Série A, o Tricolor fechou com déficit de R$ 45 milhões. 

 "O Paraná vive um drama com contingências históricas. O clube fez um esforço para melhorar o desempenho, mas não tem viabilidade. A receita é muito menor do que as despesas", enfatiza. 

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