A calma de Muricy Ramalho surpreendeu na entrevista coletiva que ele concedeu no fim da tarde desta sexta-feira no CT Rei Pelé. Enganou-se quem imaginou que o treinador estivesse irritado ou preocupado com o risco de demissão que começa a circular no clube ou com o clássico contra o Corinthians, neste domingo, no Morumbi.
Muricy tem sido criticado por conselheiros do clube e alguns torcedores em redes sociais, em razão do fraco futebol apresentado pelo time na maior parte das nove rodadas do Campeonato Paulista. O técnico disse nesta sexta-feira ter o apoio do presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, e que não se abala com resto.
"Quando eu comecei a minha carreira, me preocupava. Hoje acho normal. Não estamos jogando bem, então não merecemos ser elogiados. O time foi bem contra o São Paulo, no mais não merecemos críticas melhores. Pressão eu sentia no início da carreira. Agora, não. Graças a Deus tenho bom mercado", afirmou Muricy, destacando que, internamente, não enfrenta problemas. "E se existisse, eu não aceitaria. Quanto ao time, dentro de pouco tempo vai acertar e deslanchar."
Muricy tem sido cobrado até por pessoas ligadas à diretoria por não conseguir dar padrão de jogo ao time, apesar de contar com o talento especial de Neymar e ter recebido os sete reforços que pediu para a diretoria nesta temporada. Outra crítica feita ao técnico é quanto ao não aproveitamento dos jogadores da base, principalmente após a conquista do título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
A sua justificativa é que alguns reforços, como Montillo (o mais importante e caro de todos) e Marcos Assunção, chegaram depois do início da preparação da pré-temporada e, por isso, enfrentam dificuldades para entrar em forma e se entrosar com os companheiros.
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