O técnico do Nacional de Medellín, Reinaldo Rueda, durante entrevista no Japão.| Foto: Toshifumi Kitamura/AFP

Atual campeão da Libertadores, o Atlético Nacional, de Medellín, fará a sua estreia no Mundial de Clubes da Fifa nesta quarta-feira, às 8h30 (de Brasília), contra o Kashima Antlers, em Osaka, no Japão, em busca de uma vaga na decisão da competição.

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Antes do confronto, o clube colombiano precisou cortar o atacante Andrés Ibargüen do torneio por causa de uma lesão no tornozelo direito. O jogador viajou com a esperança de poder ficar à disposição, mas não teve como se recuperar a tempo e foi substituído na lista de inscritos do time no Mundial por Cristian Dájome.

Independentemente de ter sofrido uma baixa na véspera da competição, o Nacional entrará em campo em um jogo no qual contará com uma forte torcida dos brasileiros, que passaram a admirar de forma especial a equipe colombiana, tendo em vista as belas homenagens que o clube fez à Chapecoense e às 71 vítimas do acidente com o avião que levava o time catarinense para Colômbia no último dia 29 de novembro.

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O time colombiano enfrentaria a Chapecoense na final da Sul-Americana, e o acidente que matou 19 dos 22 jogadores do time que estavam no avião motivou o clube a solicitar que a Conmebol declarasse a equipe brasileira campeã da competição, o que depois acabou acontecendo.

“Nos sentimos como irmãos do time brasileiro”, afirmou o defensor Felipe Aguilar, em entrevista coletiva nesta terça, na qual falou sobre a meta do Nacional de “honrar” a Chapecoense no Mundial. “Todos estávamos muito felizes de dar-lhes o título da Sul-Americana. É lamentável que tenha ocorrido uma enorme tragédia. Queremos honrar as vítimas e suas famílias ganhando este troféu e levando-o para casa”, completou.

”Temos de ganhar por eles”

O técnico do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda, seguiu a mesma linha de discurso de Aguilar. “Essas últimas semanas foram difíceis. Os jogadores da Chapecoense eram nossos irmãos. Temos de ganhar por eles”, projetou o treinador.

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Apesar do favoritismo na semifinal diante do atual campeão japonês, que entrou no Mundial como representante do país-sede, o comandante alertou na entrevista coletiva sobre as qualidades do adversário, também embalado por vitória sobre Auckland City (2 a 1) e . “É um time com jogadores que atuam com grande intensidade. São bem organizados, têm um forte contra-ataque e será um jogo muito físico”, apontou.

Quem ganhar a partida desta quarta-feira irá encarar na final do Mundial, no domingo, o vencedor do confronto entre Real Madrid e América do México, que se enfrentam às 8h30 (de Brasília) de quinta-feira. Atual campeão europeu e com um time cheio de estrelas, o Real é o grande favorito, mas o Nacional tem a esperança de surpreender, movido também pelo forte apoio que o time deverá ter dos torcedores em solo japonês e também no mundo.

“Representamos todos os times da América do Sul e é uma grande responsabilidade sobre os nossos ombros”, admitiu Rueda, para em seguida completar: “Lá na Colômbia e inclusive aqui no Japão muita gente nos apoia e isso nos dá grande energia”.