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O Santos venceu o Ituano por 1 a 0, na noite da última quarta-feira (30), em Itu, e garantiu a liderança do Campeonato Paulista, com dez pontos ganhos em quatro jogos disputados. Neymar, porém, não saiu de campo da forma como gostaria, depois de ter sido vítima de um suposto ato racista do técnico do Ituano, Roberto Fonseca. Ao final do primeiro tempo, o atacante chegou a perguntar ao treinador adversário se ele havia o chamado de "macaco", mas depois do duelo o jogador preferiu desconversar ao ser questionado sobre o assunto polêmico.

"Não sei se escutei mal, não sei o que ele [Fonseca] falou, estou cansado de gente chata no meu pé", afirmou Neymar, ainda no gramado do Estádio Novelli Júnior, onde o técnico Muricy Ramalho também colocou panos quentes na situação ao comentar o episódio.

O treinador qualificou o problema como um "mal-entendido", depois de o comandante do Ituano ter dito apenas que chamou Neymar de "cai-cai" e "surdo", pois negou que chamou o astro santista de "macaco".

"Sinceramente, acho que foi um mal-entendido. Nos dias de hoje, não cabe isso mais [racismo no futebol]. Não deve ter nenhum maluco que pense assim. Por isso acho que foi um mal-entendido", disse Muricy, que ao mesmo tempo reconheceu que Neymar ouviu "uma coisa feia" por parte de Fonseca, mas que seria "coisa do futebol".

"Ele é treinador, é comandante, não teria a necessidade de falar isso [chamar o jogador de macaco], ainda mais com o Neymar, que é um jogador que, inclusive, vai ajudar os treinadores na Copa do Mundo. Se o Brasil for campeão, todos os treinadores vão levar vantagem com isso. Então não acredito que o Roberto fez isso, ele falou uma palavra que o Neymar entendeu diferente, na minha opinião", completou.

Muricy também reputou como "justo" o placar de 1 a 0 para o Santos diante do Ituano, mas admitiu que o seu time deixou a desejar. "É importante vencer, mesmo que a gente não tenha jogado bem, porque fazer pontos é importante. O time não se encontra bem ainda fisicamente, mas vai melhorar", projetou.

O comandante ainda admitiu que poderá poupar novos jogadores no clássico diante do São Paulo, domingo, na Vila Belmiro, depois de ter descartado Arouca e Renê Júnior do confronto em Itu por causa do risco de lesões musculares.

"Agora vamos fazer revisão médica e, se tiver problema muscular, temos de poupar, pois vão romper [o músculo se jogarem], não tem jeito. O Renê e o Arouca tiveram de sair. Se tivessem jogado aqui hoje [quarta-feira] teriam sofrido lesão muscular. Volto a repetir, não tem como acompanhar o ritmo que os times (do interior paulista) que treinaram antes da gente impõem neste início de campeonato", reconheceu.

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