Após a divulgação obrigatória dos balanços financeiros dos clubes brasileiros em 2017, os gastos com o departamento de futebol revelam o custo-benefício de cada equipe no último Brasileirão. Os números foram levantados pelo especialista em marketing e gestão esportiva Amir Somoggi, sócio da empresa Sports Value (confira o gráfico aqui).
O São Paulo teve o pior desempenho, sendo o time que mais gastou por ponto conquistado na Série A 2017. Com despesas de R$ 354,8 milhões no futebol, o clube do Morumbi lutou contra o rebaixamento e somou apenas 50 pontos, ‘torrando’ R$ 7 milhões por tento no Nacional. Flamengo, com R$ 6,2 milhões, e Palmeiras, com R$ 5,8 milhões, fecham o top três. Porém, ambos conquistaram a vaga para a Libertadores.
TABELA: Veja a classificação do Brasileirão
Neste cenário, também fica evidente que a disparidade de investimentos determina quem vai ocupar a parte de baixo da tabela. Dos quatro clubes que menos gastaram, três foram rebaixados. Atlético-GO, Avaí e Ponte Preta desceram para a Série B, enquanto o Sport se salvou. O Coritiba, com a quinta menor aplicação, amargou a degola. Já o rival Atlético gastou R$ 2,3 milhões e ficou com a vaga na Sul-Americana.
Já o campeão, Corinthians, apesar do alto gasto (R$ 278 milhões), ‘pagou’ R$ 3,86 milhões por cada um dos 72 pontos. Neste contexto, o Timão é somente o oitavo, praticamente com o mesmo gasto que o Cruzeiro. Quem também se destacou foi a Chapecoense, que conseguiu vaga na Libertadores gastando R$ 1,5 milhão por ponto no Brasileiro - melhor custo-benefício entre os 20 participantes.
Série B
Os números na Segundona 2017 também mostram a disparidade entre Internacional e os outros três clubes que conquistaram o acesso. O Colorado aplicou R$ 213,3 milhões no departamento de futebol – o oitavo maior do país – para disputar a Série B. Os gaúchos conquistaram a vaga na elite, mas perderam o título para o América-MG, que precisou de investimento oito vezes menor. Já o Paraná apostou pesado para voltar à elite depois de 10 anos. Em contrapartida, o Tricolor elevou em 38% suas dívidas.