O Corinthians foi recebido em um clima nada amistoso pela torcida do São Paulo, no Morumbi, onde as equipes se enfrentaram nesta quarta-feira, pela primeira partida da decisão da Recopa Sul-Americana. O ônibus corintiano foi alvo de latas de cerveja, garrafas de água e até algumas pedras nas proximidades do estádio.
O clima hostil já era esperado do lado corintiano, pelo menos por parte do atacante Paolo Guerrero. Na véspera da partida, o peruano chegou a admitir um sentimento especial e uma sensação de "raiva" ao ir a campo contra o São Paulo, justamente por conta desta recepção frequente da torcida adversária.
O ataque dos são-paulinos nesta quarta deixou um pedaço do ônibus corintiano amassado, mas não feriu ninguém. O presidente do clube de Parque São Jorge, Mário Gobbi, lamentou o ocorrido. "Isso é algo lamentável, coisas assim não podem acontecer no futebol. Mas sei que isso não representa toda a torcida do São Paulo, apenas uma parte", comentou.
Perguntado sobre as declarações de Guerrero e sobre uma possível motivação extra por conta dos ataques, Gobbi desconversou. "Com coisas assim, não deveria nem acontecer o jogo. É lamentável chegar ao jogo com ônibus apedrejado, sabemos que isso acontece, mas nada disso ganha jogo."
A atitude destes são-paulinos também foi lamentada pelo vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes. "É lamentável que isso aconteça. Eu me solidarizo com o presidente do Corinthians, mas sei que é algo incontrolável. Quero agregar que o plano pré-jogo é responsabilidade da federação paulista, das polícias e da companhia de transito", disse.
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