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Bolas paradas defensivas do Fantasma irritaram o técnico Itamar Schülle | Josue Teixeira/Gazeta do Povo
Bolas paradas defensivas do Fantasma irritaram o técnico Itamar Schülle| Foto: Josue Teixeira/Gazeta do Povo

O Operário chegou perto, mas não alcançou o tão sonhado acesso para a Série C. Precisando vencer o Remo por pelo menos dois gols de diferença, o Fantasma sofreu novo revés e perdeu de 3 a 1 para o clube do Pará, jogando no Mangueirão, em Belém, na noite deste domingo (18). O destaque do jogo foi o meia Eduardo Ramos, autor de um gol e duas assistências.

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As falhas defensivas, especialmente em jogadas de bolas paradas, marcaram a eliminação do time de Ponta Grossa nas quartas de final da Série D. Tanto no primeiro jogo, quando perdeu por 1 a 0 com um gol contra após cobrança de falta alçada na área, como na partida deste domingo, na qual tomou dois gols originados assim – um de falta e outro em cobrança de escanteio –, os comandados de Itamar Schülle não conseguiram se acertar.

“Disposição não faltou. Não adianta tentar achar culpados. Hoje o Remo foi melhor e conseguiu vencer na bola parada, que era um ponto forte nosso, mas infelizmente tomamos gols bobos hoje nesse tipo de jogada”, lamentou o atacante Julinho.

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O treinador também mencionou a bola parada como principal deficiência da equipe nas últimas partidas. “A equipe do Operário pecou em algo que ela sempre foi forte. O Operário sempre teve uma bola aérea boa, fizemos muitos gols e não tomamos nesse tipo de jogada. Ficamos triste pois é uma situação que não foi assim ao longo do campeonato”, disse o treinador que levou o Fantasma o título estadual em 2015.

Schülle, porém, não comprometeu seu futuro ao clube dos Campos Gerais. “O time foi valente. A gente tentou, o grupo está de parabéns porque lutou. Sou grato ao nosso torcedor por tudo que nos proporcionou. O Remo hoje foi melhor e mereceu a classificação. [A permanência no clube] depende daquilo que a direitoria quiser, vamos aguardar a volta e conversar com a direção.”

Com a vitória no duelo contra o Operário, o Remo avança para a semi-final da quarta divisão e já garantiu vaga para a Série C do ano que vem, após sete anos fora de disputa. Já o Operário fica sem calendário até a disputa do Campeonato Paranaense 2016 e da Copa do Brasil do próximo ano.

O jogo

A exemplo do que já havia acontecido no primeiro jogo, o primeiro gol sofrido pelo Operário saiu dos pés de Eduardo Ramos. Foi o meia quem cobrou o escanteio que encontrou Welthon livre na segunda trave para abrir o placar para o Remo, aos 20 do primeiro tempo.

“Sabíamos que ia ser um jogo difícil, e que ia ganhar quem fosse mais eficiente. A gente veio pra ganhar o jogo e tomamos um gol de bola parada que mudou tudo”, disse o zagueiro Sosa na saída do gramado.

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O gol desestabilizou o Fantasma, que passou a precisar de três gols para se classificar, mas não ofereceu perigo ao gol do goleiro Fernando Henrique no restante do primeiro tempo.

Para tentar reverter o placar, o técnico Itamar Schülle promoveu as entradas de Jean Silva e Capa nos lugares de Pedrinho e Peixoto. As entradas até deram mais movimentação no setor ofensivo do Fantasma, mas a ducha de água fria veio novamente com Eduardo Ramos, que aproveitou uma sobra de bola na entrada da área e finalizou rasteiro no canto de Paulo Sérgio.

O segundo gol animou ainda mais a equipe do Remo, que ampliaria o placar para 3 a 0 apenas quatro minutos depois, novamente em cobrança de falta de Eduardo Ramos na cabeça de Aleílson, que marcou.

O placar de 3 a 0 esquentou o clima do jogo, e o juiz acabou expulsando Levy, do Remo, por uma confusão iniciada pelos jogadores do banco do time paraense. Com os ânimos exaltados, o atacante Capa acabou sendo expulso minutos depois, por entrada violenta no jogador do Remo.

A partir daí o jogo ficou tranquilo para o Remo, que administrou a partida e se defendeu bem das investidas do Fantasma, que descontou com um gol de cabeça de Alemão e por pouco não encostou no placar em uma bola na trave após chute de Joelson.

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