O técnico Oswaldo de Oliveira assumiu nesta sexta-feira (30) a responsabilidade na decisão de multar e afastar Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Pará e Paulinho do elenco do Flamengo. O quinteto esteve em uma festa com mulheres e bebidas na última terça-feira (27) e irritou a diretoria.
No entanto, Oswaldo deixou claro defender a punição apenas para o jogo contra o Grêmio, domingo (1º), às 17h (de Brasília), em Porto Alegre, e disse acreditar que os jogadores ainda podem ajudar o time no Campeonato Brasileiro. O treinador não escondeu o descontentamento com a punição por tempo indeterminado.
“Queria puni-los porque erraram comigo. Eu tenho pedido comprometimento, entrega, um esforço maior para voltarmos a ganhar jogos, evitarmos contusões. Essa é a minha retórica diária com os jogadores. Por esse motivo, eu fiquei de puni-los, os afastaria apenas desse jogo [contra o Grêmio]. Não podia ser uma punição unilateral, partindo só de mim. Mas a integridade do grupo foi abalada. Precisávamos tomar uma decisão”, afirmou.
“As coisas aconteceram de forma rápida. Não gostei da antecipação da notícia exatamente por isso. Iríamos afastar ontem [quinta-feira]. Não tenho espião para acompanhar a vida do jogador. Quando sai daqui, faz o que quiser. Mas tem o comprometimento, como falei. O ser humano pode errar, mas não repetidamente. Eu gosto deles. São excelentes meninos. Acredito que podem dar a volta por cima e voltar a nos ajudar no campeonato”, completou.
Por fim, Oswaldo de Oliveira cobrou disciplina e questionou os excessos cometidos pelos jogadores, todos reincidentes em polêmicas extracampo na temporada.
“Isso não é uma coisa que faço aqui no Flamengo, mas em todos os clubes. Não existe disciplina tática se não houver disciplina de comportamento. Ele precisa dormir bem, se alimentar bem. Tem que abdicar. Você tem dez anos de plenitude para ganhar dinheiro. Use isso muito bem para não se arrepender depois. Enquanto for atleta, tem que ser comedido. Pode beber cerveja? Pode. A questão é quantas cervejas”, encerrou.
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