O sentimento de união entre torcedores rivais provocado pela tragédia da Chapecoense, infelizmente, é temporário. A opinião é do delegado Clóvis Galvão, responsável pela Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos), especializada em tratar e prevenir casos de violência no futebol em Curitiba.
Para Galvão, assim que a consternação geral passar, os confrontos motivados por paixão clubística voltarão a acontecer. Cenas como a do encontro entre as maiores organizadas dos quatro grande times de São Paulo, nesse domingo (4), em frente ao Pacaembu, não seriam possíveis em outra situação, acredita.
“Volta tudo como era antes. Esse sentimento é momentâneo. Qualquer ser humano, por pior que ele seja, não ficaria indiferente a uma tragédia dessas”, opina o delegado. “Quando tudo se acalmar, os sentimentos voltarem à normalidade, não tem como essa paz perdurar”, completa.
A queda do avião que levava a Chape à decisão da Copa Sul-Americana, na Colômbia, na última terça-feira (29), matando 71 pessoas, causou comoção em todo o mundo. Homenagens foram vistas nos mais diversos estádios, nas mais diversas cores. O fato, contudo, não teria força para ser o estopim para uma revolução no esporte?
“Sinceramente não. Isso aí só acontece devido ao sentimento da tragédia. O problema, na verdade, é cultural. Tomara que surta algum efeito positivo, mas na realidade não acredito. Não vejo expectativa de melhora em rixa de torcida por esse motivo”, fecha Galvão.
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