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A suspeita da Polícia Federal é que houve superfaturamento de R$ 42,8 milhões na construção da Arena Pernambuco. | Paulo Whitaker/Reuters
A suspeita da Polícia Federal é que houve superfaturamento de R$ 42,8 milhões na construção da Arena Pernambuco.| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A construtora Odebrecht classificou as ações da Polícia Federal, no âmbito da Operação Fair Play, como “injustificáveis”. Por meio de nota, a empresa reconheceu que sua sede no Rio de Janeiro, e os escritórios de São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Brasília são alvo de buscas e apreensões. Maior construtora do País, a Odebrecht foi a responsável por quatro estádios da Copa.

A Operação, deflagrada na manhã desta sexta-feira, 14, tem o objetivo de coletar dados e informações relacionados à Arena Pernambuco, estádio construído em São Lourenço da Mata, região metropolitana do Recife, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

Operação da PF investiga Odebrecht por superfaturamento na construção de estádio da Copa

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (14) a Operação Fair Play, que apura suspeitas de superfaturamento na construção da Arena Pernambuco, estádio usado na Copa do Mundo do ano passado, e construído pela Odebrecht.

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Por meio de nota, a Odebrecht disse que “tem convicção da plena regularidade e legalidade do referido projeto. A CNO (Construtora Norberto Odebrecht) reafirma, a bem da transparência, que sempre esteve, assim como seus executivos, à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos e apresentar documentos sempre que necessário”.

Os investigadores suspeitam de fraude na concorrência internacional que viabilizou a parceria público-privada para a obra da Arena Pernambuco firmada entre o Estado e a Odebrecht em fevereiro de 2010. A suspeita é a existência de um esquema de superfaturamento de R$ 42 milhões nas obras da Arena Pernambuco.

A ação, batizada de Fair Play, remete à abertura da Copa das Confederações no Brasil, em 2013, quando o presidente da Fila, Joseph Blatter, pediu fair-play (conduta leal, respeito) à torcida enquanto a presidente Dilma Rousseff era vaiada no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

A empreiteira também é alvo da Operação Lava Jato, que apura cartel e corrupção na Petrobras. Há suspeitas, segundo os investigadores, de que uma organização criminosa foi montada para corromper agentes públicos com vistas a favorecer a construtora na licitação para o empreendimento e viabilizar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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